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Laser micropulsado (divulgação) |
Procedimento sem cortes é rápido e abrevia retorno às atividades diárias
O glaucoma de ângulo aberto (crônico) é o tipo mais comum da doença e tende a ser hereditário e de origem desconhecida. O problema causa aumento na pressão ocular desenvolvendo-se lentamente com o passar do tempo, podendo resultar em dano permanente no nervo óptico, causando perda do campo visual e da visão.
“O tratamento de glaucoma tem como objetivo reduzir a pressão ocular por meio do uso de colírios, cirurgia ou com laser”, conta a médica oftalmologista Dra. Heloisa Russ, especialista em glaucoma.
Dra. Heloisa explica que dentre os procedimentos disponíveis, o micropulso (cyclo G6) é um mecanismo moderno, uma nova opção de tratamento ao arsenal terapêutico do glaucoma, agregando segurança, baixa agressividade e possibilidade de repetição. O método é minimamente invasivo e indolor. “O processo cirúrgico foi desenvolvido recentemente, é uma inovação na forma de tratar o glaucoma que necessita de cirurgia”, enfatiza a especialista.
Com ele ocorre uma redução da produção do humor aquoso (líquido que é responsável por dar a pressão ao olho) e supostamente associação de mecanismo de aumento de sua drenagem e com isso, obtém-se a redução da pressão intraocular de maneira mais natural. “O processo é mais seguro, já que dispensa cortes, é rápido (dura cerca de 10 minutos) e ainda minimiza os riscos de inflamação pós-cirúrgica”, destaca a oftalmologista.
Além disso, pode ser realizado em vários estágios da doença, preferencialmente em ângulo aberto, mas também é possível em ângulo fechado e formas refratárias, inclusive em crianças dada a segurança e possibilidade de repetição e ainda proporciona ao paciente um retorno mais rápido às atividades cotidianas.
Dra. Heloisa alerta sobre a necessidade de manter as visitas anuais ao oftalmologista e exames visuais regulares em dia. Segundo ela, o diagnóstico precoce pode evitar a progressão da doença e complicações mais graves. “Se houver suspeita de glaucoma, não espere por sinais visíveis de problemas nos olhos. Glaucoma de ângulo aberto apresenta poucas evidências no estágio inicial e, quando a pessoa finalmente resolver procurar um médico, a doença já poderá ter causado danos permanentes ao olho”, ressalta a especialista.
Sobre Dra. Heloisa Russ - É graduada em Medicina pela UFPR, fez Residência Médica em Oftalmologia pela Unicamp, onde também realizou Mestrado e Sub-especialização em Glaucoma. Em seguida, se tornou Doutora pela USP e Pós-Doutora pela Unifesp.
A médica oftalmologista é membro de diversos Conselhos e Associações, dentre os quais estão o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a Sociedade Latino-Americana de Glaucoma, a ARVO (The Association for Research in Vision and Ophthalmology) e a Sociedade Brasileira de Glaucoma.
Dra. Heloisa Russ é também autora de artigos científicos e capítulos de livros na área de Glaucoma e Oftalmologia Social. Além disso, é professora associada da pós-graduação da UFPR e da Unifesp.
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