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Estudo sobre Economia Prateada na América Latina analisa desafios e oportunidades do mercado financeiro
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| Em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),
BID Invest e BID Lab, a agetech Data8 desenvolveu o estudo Prateados na Argentina, no Chile, Paraguai e Uruguai (2023-2043) – um retrato de
hoje com projeção de 20 anos. Como parte das análises, o mapeamento conta com um módulo sobre os desafios do mercado financeiro para atender a uma crescente população longeva.

SÃO PAULO | Em diversos setores da economia, a premissa de rejuvenescer a base de clientes tem sido amplamente debatida, entretanto, ela não deveria se aplicar ao mercado financeiro em um recorte específico: a Economia Prateada. Isso porque o contingente de clientes com mais de 50 anos tem um potencial significativo e pode representar um dos segmentos mais notáveis para as entidades bancárias. Essa é uma das muitas análises trazidas pela pesquisa Prateados na Argentina, no Chile, Paraguai e Uruguai (2023-2043) – um retrato de hoje com projeção de 20 anos, conduzida pela agetech Data8 em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID Invest e BID Lab.

A análise aponta que o consumidor 50+ deveria ser estratégico para os bancos na América Latina e no Caribe. Na região, essa parcela populacional – quando não vivencia a vulnerabilidade socioeconômica – representa consumidores que têm maior solidez financeira; investimentos mais significativos; e, além disso, menor propensão a cair em incumprimento ou não pagamento.

Nos segmentos vulneráveis, a importância permanece, segundo Layla Vallias, cofundadora da Data8 e coordenadora da pesquisa. “Mesmo os mais vulneráveis são clientes potenciais, pois representam um grupo com necessidades não satisfeitas em termos de poupança, crédito, seguros, meios de pagamento e outros serviços não financeiros. Nesse caso, a gama de soluções deve ser ajustada às suas necessidades e características”, aponta.

O mapeamento aponta que a Economia Prateada é formada, hoje, pela primeira geração que experimenta uma extensão substancial na expectativa de vida – o que constitui uma massa de consumidores que demanda novas soluções financeiras que se adaptem a esse contexto social e econômico. “O estudo deixa claro a demanda por uma mudança na concepção de soluções financeiras que abarque diferentes espectros dos prateados: baixa, média e alta renda, inclusive.

De acordo com uma das análises trazidas pela pesquisa, o segmento dos prateados com vulnerabilidade econômica necessita de soluções financeiras não só de crédito e seguros, mas também de apoio mais próximo ao desenvolvimento de uma cultura de poupança e utilização de outras soluções que lhe permitam reforçar o bem-estar financeiro. Isso se reflete em maior qualidade e número de transações. Este contexto é diferente dos segmentos médio e superior da população prateada”, aponta Cléa Klouri, cofundadora da Data8 e coordenadora da pesquisa.


PRINCIPAIS INSIGHTS DO RECORTE

:: Na América Latina e no Caribe, as soluções de crédito variam entre soluções de consumo e produtivas dependendo da atividade econômica, capacidade de endividamento, utilização ou do destino do financiamento, das limitações de informação, entre outros fatores. A utilização de produtos de consumo para fins de saúde e habitação continua a ser uma necessidade para a população prateada, bem como para outros fins. Em muitos casos, estes produtos são um instrumento de acesso bancário e têm um impacto positivo no bem-estar financeiro. Isso é evidente quando a entidade financeira implementa uma estratégia de aprofundamento dos serviços, que inclui a utilização de outros serviços financeiros, além do crédito, e um apoio próximo, por exemplo, por meio de serviços não financeiros.

:: Nos seguros, observam-se ajustes nas coberturas de prêmios, alinhados à capacidade de pagamento da população prateada, o que lhes permite acesso a coberturas de vida, saúde, riscos, entre outras. Essas configurações são fornecidas, por exemplo, em seguros de saúde com opções de cobertura limitadas a serviços de cuidados básicos, medicamentos, emergências etc. Uma recomendação é promover uma modificação na cobertura para reduzir o custo do prêmio e, com isso, tornar o seguro mais acessível à população de baixa renda. Exemplos semelhantes foram identificados em outros tipos de cobertura.

:: Ao nível da poupança, a estratégia centra-se em gerar consciência sobre ela e ir além da simples abertura da conta-poupança para a sua utilização eficaz. São utilizadas diversas estratégias de comunicação e estabelecidos objetivos específicos de poupança. Na Colômbia é utilizada a técnica do bolso, no qual as pessoas estabelecem metas de poupança e separam da sua conta principal um determinado valor, que fica guardado nesses bolsos, deixando-o fora do saldo disponível da conta principal. É importante ressaltar que o bolso não gera nova caderneta de poupança. Carteiras eletrônicas, como Yape e Plin no Peru, contribuíram para o aumento do uso de contas-poupança.

:: Embora as carteiras eletrônicas sejam geralmente utilizadas, um estudo da Pontifícia Universidade Católica do Chile mostrou que a facilidade e a simplicidade na utilização desta ferramenta digital ajudaram os idosos a valer-se dela como meio de pagamento. A utilização de carteiras eletrônicas por idosos responde a uma estratégia intencional do Yape (Banco de Crédito) para promover a digitalização deste segmento da população. Para isso, desenvolveram um programa de comunicação adaptado para responder a questões relativas à sua utilização, tornando-o simples, com o objetivo de reduzir a perceção de risco que os idosos podem ter ao utilizar essas tecnologias. Esta estratégia bancária digital para idosos começou a dar resultados.
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:: Serviços não financeiros: o apoio próximo aos idosos é um fator-chave para a utilização adequada dos serviços financeiros por este grupo e para a superação das limitações e dependências associadas à idade. Foram identificados casos de sucesso de suporte digital híbrido, ou seja, com atendimento telefônico ou presencial. Para assegurar o uso correto das soluções financeiras e dos serviços – como uso de caixas eletrônicos, cartões de débito, cartões digitais, entre outros –, há sempre um profissional que orienta os usuários nos postos presenciais.



Desafios do setor financeiro na perspectiva
da Economia Prateada

Quando o setor financeiro se encontra com o fenômeno do envelhecimento populacional, sofre a influência de alguns fatores determinantes que geram mudanças significativas e abrem janelas para oportunidades inovadoras para o desenvolvimento de produtos e serviços. “É interessante notar que, embora esses fatores se manifestem no nível global, apresentam variações substanciais entre as nações. Em países como Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai, esses fatores assumem nuances particulares que refletem a dinâmica única de cada um deles”, salienta Layla.

Na região da América Latina e do Caribe, 74% da população está bancarizada (entendendo-se como bancária a utilização de algum serviço financeiro como poupança, crédito etc.). Somente nos primeiros meses da crise sanitária da Covid-19, houve um crescimento de 24% no uso de serviços bancários e os bancos digitais receberam 200% mais clientes na América Latina e no Caribe. Muitos desses novos clientes têm mais de 60 anos. No entanto, é importante diferenciar o registro de clientes via meios digitais com transações digitais – especialmente na população idosa, na qual a utilização das ferramentas digitais ainda permanece um desafio.

É importante notar que a informação prestada centra-se apenas no acesso a contas bancárias, sem se aprofundar na utilização de serviços financeiros ou na saúde financeira. Devido ao seu desenvolvimento econômico e social mais avançado, Argentina, Chile e Uruguai apresentam maior inclusão financeira em comparação com o Paraguai. Este último, por sua vez, enfrenta lacunas no acesso aos serviços financeiros comparáveis às existentes em outras partes da América Latina e do Caribe.


Bancos tradicionais X bancos digitais

Setenta e cinco por cento das pessoas na América Latina e no Caribe com mais de 50 anos têm uma conta bancária tradicional, enquanto 15% utilizam serviços bancários digitais. Há, entretanto, grande diferença na adoção de serviços bancários digitais de acordo com a faixa de renda: observa-se uma disparidade acentuada no padrão de consumo de produtos financeiros entre as pessoas da América Latina e do Caribe que recebem renda equivalente a no máximo dois salários mínimos mensais daquelas que têm renda superior a dez salários mínimos mensais.

Segundo o estudo Tsunami Latam, também conduzido pelo Data8, 40% das pessoas na América Latina e no Caribe com 50 anos ou mais e renda de até dois salários mínimos mensais não possuem nenhum produto financeiro. Isso realça que, apesar de um certo grau de atividade bancária na região, ainda persistem desigualdades importantes no índice bancário — como acesso, utilização, nível de serviço e conhecimento dos produtos financeiros.

Em três dos quatro países analisados, o nível bancário é elevado, com exceção do Paraguai, cujos resultados estão mais próximos dos encontrados nos outros países da região. Contudo, na população prateada economicamente vulnerável, ou seja, com menos de dois salários mínimos mensais, o nível de acesso bancário é significativamente reduzido, mostrando a necessidade de ampliar a oferta de serviços financeiros.

Neste segmento de idosos vulneráveis (rendimento de até dois salários mínimos mensais), os produtos de crédito ao consumo têm coberto as necessidades deste segmento e foram identificados prestadores de serviços financeiros que combinam soluções de seguros e poupança. Isso permite gerar bem-estar financeiro a esta parcela da população e acompanhar o desenvolvimento do empreendedorismo ou do consumo na saúde, na educação, entre outros. Foi também identificado que as microfinanças (instituições financeiras, bancos e cooperativas) têm desempenhado um papel importante na atividade bancária da população prateada com rendimentos mais baixos. No Chile, por exemplo, os fundos de compensação se destacam na prestação de serviços financeiros e não financeiros ao segmento dos prateados.

A percentagem de pessoas na América Latina e no Caribe que acessam suas instituições bancárias por meio de dispositivos móveis é de 71%, com idades compreendidas entre os 50 e os 54 anos; 68%, entre 55 e 64 anos; e 57% das pessoas com mais de 65 anos. As transações financeiras estão sendo realizadas por meio de mecanismos diferentes dos tradicionais, como a internet e os canais digitais.

O estudo aponta que existe uma disparidade acentuada na utilização de aplicações bancárias em relação ao nível de rendimento. Essa divergência é atribuída principalmente a fatores como a natureza da conexão à internet, a capacidade de consumo de dados das aplicações bancárias e a sua considerável ocupação na memória RAM do dispositivo móvel. Especificamente, 46% dos cidadãos da América Latina e do Caribe com renda de até dois salários mínimos mensais utilizam dispositivos móveis para acessar suas instituições financeiras – esse número sobe para 71% no caso daqueles com renda entre dois e dez salários mínimos mensais e chega a 87% para pessoas com renda superior a dez salários mínimos mensais.

A percentagem de pessoas na América Latina e no Caribe que acessa suas instituições bancárias via dispositivos móveis é de 71% (pessoas com idades compreendidas entre 50 e 54 anos); 68% (entre 55 e 64 anos); e 57% (mais de 65 anos). As transações financeiras estão sendo realizadas por meio de mecanismos diferentes dos tradicionais, como a internet e os canais digitais.

Segundo as coordenadoras do estudo, há uma disparidade acentuada na utilização de aplicações bancárias em relação ao nível de rendimento. Essa divergência é atribuída principalmente a fatores como a natureza da conexão à internet, a capacidade de consumo de dados das aplicações bancárias e a sua considerável ocupação na memória RAM do dispositivo móvel. “Especificamente, 46% dos cidadãos da América Latina e do Caribe com renda de até dois salários mínimos mensais utilizam dispositivos móveis para acessar as instituições financeiras, enquanto esse número sobe para 71% no caso daqueles com renda entre dois e dez salários mínimos mensais. Esse índice chega a 87% entre as pessoas com renda superior a dez salários mínimos mensais”, concluem.






BID | A missão do Banco Interamericano de Desenvolvimento é melhorar vidas. Fundado em 1959, o BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e das Caraíbas. O BID também conduz projetos de pesquisa de ponta e fornece consultoria política, assistência técnica e treinamento a clientes públicos e privados em toda a região.

BID Invest | Membro do Grupo BID, o BID Invest é um banco multilateral de desenvolvimento comprometido em promover o desenvolvimento econômico de seus países membros na América Latina e no Caribe por meio do setor privado. O BID Invest financia empresas e projetos sustentáveis para que alcancem resultados financeiros e maximizem o desenvolvimento econômico, social e ambiental na região. Com uma carteira de US$ 21 bilhões em ativos sob gestão e 394 clientes em 25 países, o BID Invest oferece soluções financeiras inovadoras e serviços de consultoria que atendem às necessidades de seus clientes em diversos setores.

BID Lab | Laboratório de inovação e empreendedorismo do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento, o objetivo do BID Lab é encontrar novas formas de promover a inclusão social, a ação ambiental e a produtividade na América Latina e no Caribe. O BID Lab aproveita financiamento, conhecimento e conexões para apoiar o empreendedorismo em estágio inicial, incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias, ativar mercados inovadores e energizar setores existentes.

DATA8 | Fundado por Cléa Klouri e Layla Vallias, pioneiras no Brasil nos estudos da Economia da Longevidade, o Data8 – junção de dados (data) e 8 (deitado, símbolo de infinito) – realiza, desde 2016, os maiores e mais profundos estudos sobre o comportamento e os hábitos de consumo dos brasileiros com mais de 50 anos. Nascida do Hype50+, a agetech produz, analisa e desvenda insights sobre os consumidores maduros; realiza workshops e palestras sobre a temática; e conduz estudos e pesquisas especiais sobre o mercado da longevidade. O Data8 possui a maior base de dados de consumo 50+ da América Latina – que possibilita cruzamento de dados que contemplam a diversidade na maturidade: gênero, idade (até 75+), raça, classe social, comportamento e religião.




MAIS INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Frida Luna Boutique de Comunicação
Betânia Lins betania.lins@gmail.com
Celular: (11) 9 7338-3879


Editorias: Economia  Negócios  Propaganda e Marketing  Sociedade  Terceira idade  
Tipo: Pauta  Data Publicação: 18/12/24
Fonte do release
Empresa: Betânia Lins  
Contato: Betânia Lins  
Telefone: 11-9 7338387-

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