| Conduzida pela fintech de proteção financeira digital Silverguard com
1.910 entrevistas, dados do Banco Central (obtidos com a Lei de Acesso à Informação) e análises de mais de cinco mil atendimentos do serviço SOS Golpe, a pesquisa inédita Golpes com Pix no Brasil – que compõe um estudo amplo – traz uma radiografia dos tipos de roubo, perfis das vítimas, canais de contato preferidos dos fraudadores e valores do golpe. O levantamento analisa, ainda, o uso do Mecanismo Especial de Devolução
do Pix (MED) e traz um ranking dos bancos com maior incidência de
contas de golpistas. A íntegra da pesquisa pode ser acessada no site: http://www.silverguard.com.br/estudo-golpes-com-pix/
| Golpes com Pix no Brasil aponta que os brasileiros sofreram
1,7 milhão de golpes financeiros via Pix em 2022 e que quatro a cada 10 já foram vítimas de alguma tentativa de golpe ao usar esse meio de pagamento. O motivo do sucesso das fraudes – cujas vítimas independem
do gênero e da idade – é a engenharia social usada pelo golpista, ou seja, as narrativas são bem elaboradas, convincentes e contextualizadas.
SÃO PAULO | Mesmo com um dos sistemas financeiros mais inovadores do mundo e instituições financeiras que investem para conscientizar os clientes sobre como se prevenir contra fraudes, o Brasil ainda é um terreno fértil para os golpistas: mais de 50% dos brasileiros já foram vítimas de alguma modalidade de crime financeiro digital, seja de golpes ou de clonagem de cartão. O país ocupa o segundo lugar na lista de maiores perdas do consumidor por essa modalidade de crime; 70% deles são resultado de engenharia social, de acordo com a Febraban. A pesquisa inédita Golpes com Pix no Brasil, que compõe um estudo amplo conduzido pela fintech de proteção financeira digital Silverguard, aponta que os brasileiros já sofreram 1,7 milhão de golpes financeiros via Pix em 2022 e que quatro a cada 10 foram vítimas de alguma tentativa de golpe ao usar esse meio de pagamento.
O estudo Golpes com Pix no Brasil, concluído em agosto de 2023, foi conduzido em três fases. A primeira fase fez uso da Lei de Acesso à Informação (LAI) para obter dados inéditos do Banco Central sobre o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix no período de dezembro de 2021 a maio de 2023. Na segunda, os coordenadores do estudo realizaram uma pesquisa inédita com 1.910 entrevistas on-line baseadas em questionário composto por 30 perguntas (período entre junho e julho de 2023). A amostra contou com a participação de brasileiros na faixa etária de 18 a mais de 70 anos; gêneros masculino, feminino e não binário; todas as regiões do Brasil e classes sociais. A terceira fase do estudo contou com a análise exclusiva dos dados do SOS Golpe, um produto da Silverguard de atendimento gratuito a vítimas de golpes e crimes digitais. Para compor o estudo, foi feita uma análise de cinco mil denúncias registradas entre maio e julho de 2023.
Segundo Marcia Netto, CEO da Silverguard e uma das coordenadoras do estudo, a pandemia de Covid-19 – que levou ao fechamento de comércios e agências bancárias – revelou a urgência de um processo de digitalização financeira e do letramento em segurança digital da população brasileira. “A facilidade e rapidez do Pix trouxeram ganhos para o cotidiano da população, mas a falta de letramento em segurança digital gerou um aumento no número de golpes.”, afirma, acrescentando que é muito importante ressaltar que a culpa não é do instrumento financeiro, mas dos golpistas. Com o objetivo de entender melhor o uso do Pix – e como a Silverguard pode endereçar produtos e serviços para apoiar os brasileiros no processo de segurança financeira digital –, a fintech conduziu esta pesquisa inédita. Ainda segundo Marcia Netto, o impacto dos golpes financeiros entre os cidadãos maduros tem nuances para além do impacto no bolso.
“Embora exista uma percepção de que apenas os mais velhos caem em golpes, pessoas de todas as idades são vítimas de golpistas. Mas os golpes costumam ser mais cruéis com os mais velhos, já que muitos estão aposentados e não têm como reconstruir o patrimônio acumulado durante uma vida inteira. Como o foco da Silverguard é atuar como um guardião digital, oferecendo soluções de proteção financeira para indivíduos e dados de proteção valiosos para empresas, decidimos investigar melhor a arquitetura dos golpes e o uso do Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix, criado pelo Banco Central no final de 2021”, afirma Márcia.
PRINCIPAIS CONCLUSÕES DO ESTUDO E DA PESQUISA |
| PANORAMA DO USO DO PIX NO BRASIL
:: O Brasil tem liderado a inovação financeira mundial desde o lançamento do Pix pelo Banco Central, em 2020. O mecanismo, desde então, permanece como peça-chave para a inclusão financeira, bancarização e digitalização da população brasileira.
:: O estudo Prime Time for Real-Time Report – realizado pela ACI Worldwide e GlobalData – aponta que o Brasil é o segundo país em volume, com 29,2 bilhões de transações: 15% de todas as transações feitas por pagamentos instantâneos no mundo, atrás apenas da Índia com 89,5 bilhões de transações via pagamentos instantâneos em 2022 .
:: O Pix já é apontado pelo Banco Central como o método de pagamento mais usado no Brasil: no ranking de meios de pagamento mais utilizados, ocupa a primeira posição à frente do cartão de crédito, boleto bancário, DOC, TED e cheque. Esse meio instantâneo de pagamento já foi utilizado por mais de 132 milhões de brasileiros, ou seja, por mais de 65% da população (Estatística do Pix do Banco Central de junho de 2023).
:: De acordo com a pesquisa inédita da Silverguard, que compõe o estudo Golpes com Pix no Brasil, sete em cada 10 brasileiros, que usam este meio de pagamento, fazem-no diariamente – sendo que o uso cotidiano do Pix é maior entre os mais jovens e entre os mais ricos. Apesar do enorme uso diário, duas em cada 10 pessoas têm algum receio de usar o Pix – esse sentimento é maior entre as mulheres e duas vezes maior entre os mais velhos.
|| PANORAMA DOS GOLPES
:: A pandemia da Covid-19, que levou ao fechamento de comércios e agências bancárias, revelou a urgência de um processo de digitalização financeira – e do letramento em segurança digital da população brasileira. Se por um lado a facilidade e rapidez do Pix trouxeram ganhos no cotidiano, por outro, esse mecanismo está sendo usado por golpistas para potencializar o número de golpes financeiros.
:: RAIO X DOS GOLPES | Engenharia social
De acordo com a pesquisa que compõe o estudo Golpes com Pix no Brasil – conduzida pela Silverguard, 42% dos brasileiros adultos já sofreram uma tentativa de golpe com Pix e um em cada cinco dos que receberam a tentativa caiu no golpe, ou seja, 9% dos brasileiros adultos já sofreram algum golpe com Pix e o percentual se mantém similar entre as diferentes faixas etárias: sendo 8,9% entre 18 a 39 anos; 8,6% entre 40 a 59 anos; e 9,6% com 60 ou mais anos. No entanto, o percentual é significativamente maior entre aqueles de menor poder aquisitivo, sendo que 15,5% dos brasileiros adultos das classes D e E já sofreram algum golpe financeiro digital.
Segundo Marcia Netto, coordenadora do mapeamento, os golpes começam com histórias bem contadas. “O motivo do sucesso dos golpistas em tentativas de fraude é a engenharia social, ou seja, narrativas bem elaboradas, convincentes e contextualizadas que podem acontecer com qualquer pessoa, independentemente do gênero e da idade.”, aponta.
:: Golpes com Pix mais frequentes
#1 | Golpe do falso parente, caracterizado pelo golpista se passando por um familiar ou amigo, pedindo dinheiro ou solicitando o pagamento de uma conta.
#2 | Golpe do produto ou da loja falsa, caracterizado pela compra de produto e/ou serviço em uma loja falsa; a compra nunca é entregue.
#3 | Golpe da falsa central/gerente do banco, caracterizado pelo golpista se passando por um profissional de uma central de atendimento/gerente do banco pedindo para reverter um falso Pix.
#4 | Golpe da rede social hackeada, caracterizado pela compra de produto de um conhecido que teve sua rede social \'hackeada/clonada\'.
#5 | Golpe do falso investimento, caracterizado por uma oportunidade falsa de multiplicar/investir dinheiro.
:: Golpes com Pix mais comuns, por faixa etária e valor do prejuízo
Os top 3 golpes de maior prejuízo (acima de R$ 5 mil) são: Golpe da Central Telefônica (38%); Golpe do Falso Parente pedindo dinheiro (20%); e o Golpe do Falso Relacionamento Amoroso (11%). O golpe de maior prevalência entre os mais jovens (18-29 anos) é o Golpe da Falsa Oportunidade de Multiplicar/Investir dinheiro (28%); e entre os maduros (60+ anos), é o Golpe do Falso Parente pedindo dinheiro (30%).
:: A pesquisa Golpes com Pix no Brasil revela que quatro a cada 10 golpes começam pelo WhatsApp; pelo Instagram, esse número é de 22%; pelo Facebook, o índice é de 10%. As redes sociais são o principal canal de golpe com Pix para os mais jovens: 40% das vítimas entre 18 e 29 anos caíram em golpes iniciados pelo Instagram ou Facebook; entre os brasileiros 60 anos ou mais, a incidência é de 14%.
:: As vítimas de golpe perdem em média dois meses de renda de trabalho. A média do prejuízo é de R$ 3 mil reais, aproximadamente dois meses de renda do brasileiro. Pessoas de todas as idades caem em golpes financeiros diariamente, mas os brasileiros 60+ são os que sofrem mais: R$ 5.400 por golpe, ou seja, cifra quase oito vezes maior do que o prejuízo entre jovens de 18 a 29 anos (R$ 680).
:: Os golpes nos quais se utiliza o Pix podem acontecer com qualquer um, independentemente de gênero e idade. Quatro de cada 10 brasileiros já sofreram alguma tentativa – percentual é maior entre a classe A (54%) e entre os mais jovens (44,5%). Um em cada cinco dos que receberam uma tentativa caiu no golpe, ou seja, 8,8% dos brasileiros adultos já sofreram algum golpe com Pix, e o percentual se mantém similar entre diferentes faixas etárias: sendo 8,9% entre 18 a 39 anos; 8,6% entre 40 a 59 anos; e 9,6% com 60 ou mais anos. No entanto, o percentual é significativamente maior entre aqueles de menor poder aquisitivo (15,5% nas classes D e E).
:: Em relação a golpes, o raio pode sim cair duas vezes no mesmo lugar: 78% dos respondentes que afirmaram terem sido vítimas, caíram mais de uma vez em um golpe do Pix.
|||| A LONGA JORNADA DO PÓS-GOLPE
:: A maioria das vítimas não consegue o dinheiro de volta: de acordo com a pesquisa que compõe o estudo, nove de cada 10 vítimas de golpe do Pix não tiveram o dinheiro de volta, sendo que um terço nem tentou reaver o dinheiro.
:: Quanto maior o prejuízo, maior o engajamento e a taxa de sucesso: cinco em cada 10 vítimas que tiveram prejuízo abaixo de R$ 500 no golpe nem tentaram reaver o dinheiro, enquanto apenas um em cada 10 vítimas que perderam mais de R$ 5 mil não tentou; 16% das vítimas que tiveram prejuízo acima de R$ 5 mil conseguiram reaver total ou parcialmente o dinheiro do golpe. A taxa de sucesso foi de apenas 4% para quem perdeu menos de R$ 500.
:: Para quem perdeu mais dinheiro, a análise da Silverguard aponta que quanto maior o prejuízo (acima de R$ 5 mil), maior a preferência (60%) de ir primeiro à agência física da instituição financeira.
“O desconhecimento do que fazer após sofrer um golpe diminui as chances de ter o dinheiro de volta; 18% das vítimas que tentaram reaver o dinheiro começaram pelo caminho errado ao se dirigirem à agência física, quando o correto é solicitar o MED via telefone ou aplicativo móvel. Esse número é ainda maior nas vítimas com mais de 60 anos: 40% dos respondentes da pesquisa que compõe o estudo Golpes com Pix no Brasil – que sofreram golpe e que têm 60 anos ou mais – preferiram ir à agência física em vez de falar com o atendimento telefônico ou digital da sua instituição financeira. O acionamento do MED é uma corrida contra o tempo, por isso, saber e seguir o passo a passo correto do procedimento aumentam as chances de ter o dinheiro de volta.
:: A maioria não faz Boletim de Ocorrência (B.O.) do golpe: menos da metade (45%) das vítimas entrevistadas fizeram Boletim de Ocorrência (B.O.) do golpe, o que indica que o número está subnotificado pelas fontes oficiais de segurança pública brasileiras. E, quanto menor o prejuízo, menor a taxa de B.O. realizado: 21% das vítimas que perderam menos de R$ 500 fizeram o B.O., já entre aquelas que perderam mais de R$ 5 mil, a porcentagem sobe para 74%.
:: Outros canais também fazem parte da jornada de tentar reaver o dinheiro do golpe. A Ouvidoria das instituições financeiras é acionada por 44% das vítimas. Esse número sobe para 68% das vítimas em golpes com prejuízo de mais de R$ 5 mil; 14% das vítimas reclamaram no Consumidor.gov; 11% fizeram posts em suas redes sociais; e 6% das vítimas entrevistadas fizeram uma reclamação no Bacen, impactando negativamente na reputação das instituições financeiras.
:: Poucos casos são judicializados: apenas 7% das vítimas que receberam uma negativa de devolução entraram com um processo judicial contra a instituição financeira na tentativa de reaver o dinheiro do golpe; o percentual sobe para 20% nas vítimas que perderam mais de R$ 5 mil. Oito de cada 10 vítimas de golpes do Pix não entraram com ação judicial contra a instituição financeira, porque achavam que não ia dar em nada.
:: A pesquisa revela que 30% das pessoas que foram vítimas de golpes financeiros via Pix não fizeram nada para tentar reaver seu dinheiro, sendo que o número é maior entre os mais jovens. Dos respondentes de 18 a 39 anos, 43% não fizeram nada para tentar ter o dinheiro de volta; esse número cai para apenas 12% entre vítimas com mais de 60 anos. Um outro dado relevante é que 55% dos respondentes que sofreram algum golpe com o Pix não chegaram a fazer o Boletim de Ocorrência – o que indica que o número de golpes está subnotificado pelas fontes oficiais de segurança pública brasileiras.
||| MECANISMO ESPECIAL DE DEVOLUÇÃO DO PIX
:: De acordo com os dados obtidos do Banco Central pela Silverguard via Lei de Acesso à Informação, 97% das solicitações de devolução criadas no MED (Mecanismo Especial de Devolução do Pix) foram por suspeita de fraude. Apenas em 2022, foram realizadas 1,7 milhão de solicitações por suspeita de fraude, número 4,5 vezes maior que o número de roubo ou furto de veículos (373.225) e 1,7 vezes maior que o número de roubo ou furto de celulares (999.223) no mesmo período, de acordo com último Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Os milhões de transações fraudulentas de Pix representaram uma perda de mais de R$ 3 bilhões.
Números impressionantes que a Silverguard estima serem três a quatro vezes maiores devido à subnotificação pelo desconhecimento do MED e a desistência de reportar golpes de valores menores por grande parte das vítimas. A pesquisa inédita da Silverguard, que compõe o estudo Golpes com Pix no Brasil, aponta, ainda, que nove de cada 10 vítimas de golpe do Pix não tiveram o dinheiro delas de volta, sendo que um terço nem tentou reaver o dinheiro. Além disso, menos da metade (45%) das vítimas entrevistadas fizeram Boletim de Ocorrência (B.O.) do golpe, o que indica que o número está subnotificado pelas fontes oficiais de segurança pública brasileiras.
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Com o objetivo de tornar o Pix cada vez mais seguro e facilitar, principalmente, que vítimas de golpes financeiros recebam o dinheiro de volta, o Banco Central lançou, no final de 2021, o Mecanismo Especial de Devolução do Pix. O MED é o conjunto de regras e procedimentos operacionais que permite que a instituição financeira de onde o Pix foi feito peça o bloqueio imediato do valor na conta de destino, caso haja uma suspeita de fraude; e que a instituição receptora do Pix avalie o caso e devolva o valor recebido que ainda estiver na conta de destino em até sete dias. Vale destacar que o MED não pode ser utilizado em casos de Pix feitos por engano.
\"O MED representa uma grande inovação na busca por deixar as transações por Pix cada vez mais seguras. O desafio agora é fazer com que a informação chegue às pessoas; é fundamental que elas conheçam o mecanismo criado pelo Banco Central o quanto antes\", afirma Marcia Netto, coordenadora do estudo e CEO da Silverguard, acrescentando que essa inovação do BACEN ainda é desconhecida pela maioria dos brasileiros: 90% não sabem o que é ou como funciona o Mecanismo Especial de Devolução, sendo que 63% nunca ouviram falar no mecanismo.
:: O desconhecimento sobre o que fazer no momento do golpe, e sobre a existência do MED, tem consequências graves: um terço das vítimas nem tentou reaver o dinheiro do golpe, das que tentaram, 45% perderam tempo em outras ações, antes de entrar em contato com o próprio banco por telefone ou aplicativo móvel.
“O desconhecimento do que fazer após sofrer um golpe diminui as chances de ter o dinheiro de volta; 18% das vítimas que tentaram reaver o dinheiro começaram pelo caminho errado ao se dirigirem à agência física, quando o correto é solicitar o MED via aplicativo ou telefone. O número é ainda maior entre as vítimas com mais de 60 anos, chegando em 40% dos casos. O acionamento do MED é uma corrida contra o tempo, por isso, saber e seguir o passo a passo correto do procedimento aumentam as chances de ter o dinheiro de volta”, salienta a coordenadora do estudo.
_ MED em números
De acordo com o Bacen; dados obtidos pela Silverguard via Lei de Acesso à Informação
# A maioria das solicitações do MED são por fraude | Em 2022, foram mais de 1,7 milhão de solicitações de devolução de Pix; dessas, 97% foram por suspeita de fraude.
# A maioria das solicitações do MED são rejeitadas | Sete de cada 10 solicitações de devolução do Pix são rejeitadas pelo banco de destino, sendo que 89% das rejeições são por falta de saldo ou encerramento da conta que recebeu o dinheiro; ou seja, o golpista, na maioria dos casos, age rapidamente após a fraude fazendo transferências para outras contas ou sacando o dinheiro para que não haja possibilidade de devolução do valor.
# A corrida contra o tempo do MED | Das devoluções aceitas, apenas 35% foram devolvidas na totalidade, ou seja, duas em cada três devoluções são parciais e geralmente com valores ínfimos. Em 2022, apenas 23% do R$ 3,1 bilhões de devolução solicitados via MED foram efetivamente devolvidos. Para aumentar as chances de ter o dinheiro de volta de maneira integral, agir rápido e saber o passo a passo do MED é muito importante.
|||| RANKING DOS BANCOS COM MAIOR INCIDÊNCIA
DE CONTAS GOLPISTAS
:: De acordo com dados de mais de cinco mil denúncias de vítimas no serviço SOS Golpe da Silverguard, o ranking de bancos com maior número de contas golpistas, ou seja, contas para as quais o dinheiro obtido com golpes é depositado (muitas vezes de contas-laranja, ou seja, contas “alugadas” por um cliente real para a realização de golpes, uma realidade em qualquer instituição, seja um banco tradicional ou uma fintech), temos: Pagbank (14,7%); Picpay (10,2%); Bradesco (8,4%); Nubank (8,4%); Mercado Pago (7,8%); Itaú Unibanco (5,5%); Pagar.me (4,5%); C6 Bank (3,6%); Caixa Econômica (3,5%); e Banco Inter (3,3%).
Considerando a relação entre o número total de denúncias pelo SOS Golpe e o total de chaves Pix ativas (em junho de 2023) de cada instituição financeira, o ranking é liderado por Pagar.me, sendo seguido por Banco XP; Recargapay; Pagbank; Neon; Picpay; C6 Bank; Mercado Pago; Bradesco; e Itaú Unibanco.
\"O Brasil é um dos principais países com vazamento de dados no ranking de diversas empresas de cibersegurança. Isso, aliado ao fato de termos mais de 700 instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central a participarem obrigatoriamente ou facultativamente do Pix, aumentou muito os casos de contas falsas e impulsionou a escalada de golpes do Pix P2P (pessoa para pessoa). As instituições financeiras evoluíram seu processo de onboarding com ferramentas de KYC (Know Your Customer), diminuindo os casos de abertura de contas falsas, porém, a existência de contas-laranja (conta “alugada” por um cliente real para a realização de golpes) ainda é uma realidade em qualquer instituição, seja um banco tradicional ou uma fintech. É essencial investir em maneiras de conseguir identificar o quanto antes as contas que estão sendo usadas para fraudes e bloqueá-las. E, ao mesmo tempo, educar em letramento em segurança digital para todos\", afirma Marcia.
||||| PREOCUPAÇÕES | Perdas financeiras tiram o sono do brasileiro
:: Em um momento em que o celular se tornou a “agência bancária móvel” das pessoas e o canal com maior quantidade de transações financeiras, a insegurança de perdas financeiras tira o sono do brasileiro. A pesquisa Golpes com PIX no Brasil revela que dois em cada três brasileiros adultos têm receio de cair em algum golpe digital, e a preocupação é ainda maior de alguém próximo ou da família cair num golpe (83% dos respondentes).
Ser vítima de golpes financeiros figura entre uma das principais preocupações dos brasileiros relacionadas à segurança financeira, mas não é a única. Para 86% dos entrevistados, a maior preocupação relacionada à segurança financeira é ter o celular roubado e os ladrões acessarem a conta bancária. Outras grandes inseguranças passam por vazamento de dados com informações sensíveis e abertura de conta ou empréstimo em seu nome, sendo as mulheres sempre as mais preocupadas.
Ser sequestrado ou ser vítima de coerção é o medo de 77% dos brasileiros. Há uma variação de região: o medo é maior entre os residentes de São Paulo (84%), quando comparado com os residentes das demais Estados (72%).
A pesquisa Golpes com PIX no Brasil mostra que 78% dos brasileiros acima de 18 anos têm receio de ter o cartão de crédito/débito clonado; 75% se preocupam em ter seus dados pessoais roubados e abrirem uma conta ou empréstimo em seu nome. Instalar um vírus sem querer, e alguém conseguir acessar a conta bancária, é o medo de 72% dos brasileiros. Para 71%, o medo reside em ter o WhatsApp invadido/hackeado; e, para 64% dos brasileiros, o medo é de ter as redes sociais invadidas/hackeadas (Instagram, Facebook, LinkedIn) – o que pode significar uma perda financeira de um amigo ou familiar.
METODOLOGIA DO ESTUDO |
O estudo Golpes com Pix no Brasil foi concluído pela Silverguard em agosto de 2023 e conduzido em três fases. A primeira fase fez uso da Lei de Acesso à Informação (LAI) para obter dados inéditos do Banco Central sobre as solicitações do Mecanismo de Devolução (MED) do Pix no período de dezembro de 2021 a maio de 2023.
Na segunda, os pesquisadores concluíram 1.910 entrevistas on-line baseadas em questionário composto por 30 perguntas (período entre junho e julho de 2023). A amostra contou com a participação de 146 brasileiros (18 a 29 anos); 207 entrevistados (30 a 39 anos); 275 entrevistados (40 a 49 anos); 606 entrevistados (50 a 59 anos); 499 (60 a 69 anos); e 177 entrevistados com mais de 70 anos. Na pesquisa quantitativa, 677 entrevistados são do gênero masculino; 1.217, do gênero feminino; e 16 são não binários. No que diz respeito à região demográfica: 962 respondentes são de São Paulo; 364, do Sudeste (com exceção de São Paulo); e 584, de outras regiões. Quanto à classe social, o estudo contou com 232 respondentes da classe A; 632 da classe B; 588 da classe C; e 267 das classes D e E. Para ponderação foi considerado o tamanho da população conectada 18+, cruzando a faixa etária por gênero e região.
A terceira fase contou com a análise exclusiva dos dados do SOS Golpe, um produto da Silverguard de atendimento gratuito a vítimas de golpes e crimes digitais. Para o estudo, foi feita uma análise de cinco mil denúncias registradas entre maio e julho de 2023.
A Silverguard está disponibilizando o estudo inédito Golpes com Pix no Brasil para empresas e pesquisadores pelo site: http://www.silverguard.com.br.
SILVERGUARD | Fundada por Marcia Netto e Flávio Rabelo, a Silverguard é uma fintech de proteção financeira digital criada em 2023 e apoiada pelos fundos de investimento Astella e Latitud. A empresa – que atua como um guardião digital, oferecendo soluções de proteção financeira para indivíduos e dados de proteção valiosos para empresas – oferece dois produtos digitais. Com o SOS Golpe proporciona um atendimento gratuito com protocolos especializados a vítimas de golpes e crimes digitais que aumentam as chances de a pessoa conseguir o dinheiro de volta; com o App Silverguard, em desenvolvimento e com previsão de lançamento no final do ano, oferecerá soluções freemium de cibersegurança, assistência e seguros que protegem contra golpes e crimes digitais, inclusive após roubo ou furto de celular. A Silverguard disponibiliza o WhatsApp (11 4000-2254) para auxílio após a pessoa sofrer um golpe, apoio para denunciar uma tentativa de golpe e solicitação de alertas sobre novos golpes (dicas para se proteger).
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