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A hemofilia é uma coagulopatia hereditária ligada ao cromossomo X, ou seja, dominante praticamente no sexo masculino, que ocorre devido à falta ou a produção defeituosa das sínteses dos fatores VIII e IX da coagulação. Os centros de referências para o tratamento da doença buscam aumentar a conscientização sobre os distúrbios hemorrágicos e sobre a necessidade de diagnóstico precoce e tratamento adequado para os pacientes.
A doença compromete a capacidade do corpo de coagular o sangue, necessária para interromper as hemorragias. Trata-se de distúrbio genético e hereditário que acomete quase exclusivamente os homens. Os sintomas mais comuns são sangramentos em músculos e articulações e manchas roxas. “Ter alguém na família hemofílico compreende pensar, estruturar e dividir a vida em dois atos: o antes e o depois da doença. O processo de descoberta diária, os medos, as incertezas, as frustrações e as dificuldades fazem parte de uma nova rotina que, até então, eram desconhecidas para os familiares”, alerta a docente em Biomedicina da Estácio, Arissa Felipe Borges.
Apesar de não ter cura, a professora da Estácio explica que a hemofilia tem tratamento, que é feito com injeções periódicas com o fator de coagulação que falta no organismo, para prevenir sangramentos ou sempre que houver uma hemorragia, que precisa ser resolvida rapidamente. “Quanto mais precoce for o início do tratamento, menores serão as sequelas que deixarão os sangramentos”, ressalta Arissa.
Tratamento
O tratamento da hemofilia evoluiu muito e, basicamente, consiste na reposição do fator anti-hemofílico. Paciente com hemofilia A recebe a molécula do fator VIII, e com hemofilia B, a molécula do fator IX. Os hemocentros distribuem gratuitamente essa medicação que é fornecida pelo Ministério da Saúde. Por isso, o paciente deve ter em casa a dose de urgência do fator anti-hemofílico específico para seu caso e ser treinado para aplicá-la em si mesmo tão logo apareça os primeiros sintomas.
Deve também fazer aplicações de gelo, no mínimo, três vezes por dia, por 15 ou 20 minutos, até que a hemorragia estanque.
Vencida a fase aguda, o portador de hemofilia deve ser encaminhado para fisioterapia a fim de reforçar a musculatura e promover estabilidade articular.
Recomendações
* Os pais devem procurar assistência médica se o filho apresentar sangramentos frequentes e desproporcionais ao tamanho do trauma;
* Manchas roxas que aparecem no bebê, quando bate nas grades do berço, podem ser um sinal de alerta para diagnóstico da hemofilia;
* Os pais precisam ser orientados para saber como lidar com o filho hemofílico e devem estimular a criança a crescer normalmente;
* A prática regular de exercícios que fortaleçam a musculatura é fundamental para os hemofílicos. No entanto, esportes como judô, rúgbi e futebol são desaconselhados;
* Episódios de sangramento devem receber tratamento o mais depressa possível para evitar as sequelas musculares e articulares causadas pela hemorragia.