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As obras culturais e a carreira leve e equilibrada de Fang |
| ... | Nascido em 1931 na China e naturalizado brasileiro, Chen Kon Fang ficou conhecido apenas como Fang no território brasileiro e marcou sua trajetória como um dos maiores artistas da arte sumi-ê no Brasil. Além disso ainda seria reconhecido como um excelente ilustrador, gravador e professor.
Fang começou sua trajetória na arte aos quinze anos de idade quando começou a estudar a história da arte sumi-ê e pintura, ainda na China. Cinco anos mais tarde veio ao Brasil, onde dez anos depois se naturalizaria brasileiro.
Por aqui aprimora seus conhecimentos artísticos estudando pintura com o artista plástico Yoshiya Takaoka, em São Paulo. Oito anos após sua chegada, Fang realizaria sua primeira de muitas exposições individuais no Clube dos Artistas Plásticos de São Paulo. Nessa época, o chinês trabalhava com artes ligadas ao figurativismo, estilo este que seria deixado de lado por pouquíssimo tempo. Após um foco no abstracionismo Fang volta ao figurativismo que o acompanharia até o final de sua carreira.
A cultura e o equilíbrio
Fang se considerava metade chinês e sempre fazia questão de preservar a cultura de sua terra natal, como a caligrafia chinesa e o Tai Chi Chuan, importantes para suas obras e para que ele tenha paz e leveza durante o trabalho. Exercitar sua paciência e calma o ajudava em pinceladas mais lentas.
No início gostava de retratar favelas e sempre foi um pintor de paisagens e de arquitetura. Sempre destacou a importância do equilíbrio em suas obras, talvez um contraponto “uma parte pesada e outra leve” em um mesmo quadro, como é possível ver em sua obra “Cadeiras”, onde os objetos alocados em cima de cada cadeira se contrapõem e equilibram o peso da arte como um todo.
A arte de Fang
Durante toda sua carreira, Fang foi dono de uma arte leve, simples e que sempre foi acompanhada por suas origens chinesas, além de uma óbvia e irretocável técnica extremamente apurada, que o possibilitou ser referência na arte sumi-ê pelo mundo afora. Mesmo em obras simples, o chinês fez questão de destacar a importância da energia no momento de sua elaboração e produção.
Além das telas
Além de sua carreira como artista, Fang lecionou na Faculdade Belas Artes de São Paulo e em 1981, 9 anos após suas primeiras aulas, é feito um curta metragem como homenagem a ele chamado “O Caminho de Fang”. 4 anos mais tarde visita a China a convite do Governo Chinês, que visava valorizar locais e a história da arte chinesa.
Fang faleceu em 2012 na cidade de São Paulo e suas obras ainda são expostas e vendidas nas melhores galerias do país.
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