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Mineiro de Paraisópolis, Amilcar de Castro nasceu em 1920 e foi um artista plástico brasileiro muito reconhecido por ser um artista multifacetário. Seus aprendizados no meio da arte surgiram não muito cedo, quando tinha 24 anos de idade. Amilcar iniciou um curso de Escultura Figurativa na Escola de Belas Artes de Belo Horizonte, após, por influência de sua família, cursar Direito na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG.
Aos 30 anos se mudou para o Rio de Janeiro, onde focou na carreira artística. Nesse período obtinha no Jornal do Brasil seu sustento, sendo responsável por toda parte de diagramação. Em alguns anos reformulou totalmente a estrutura gráfica do periódico, trabalho de grande valor para o futuro do artista.
Mesmo sendo multifacetário, foi na escultura onde o artista teve seu maior reconhecimento e valorização. Amilcar teve como um de seus grandes mentores Franz Weissmann, outro grande escultor nascido na Áustria. Futuramente, Amilcar de Castro faria esculturas em importantes locais públicos pelo Brasil.
O Movimento Neoconcreto e os prêmios
Com o passar dos anos, as obras figurativas dele começam a dar lugar a peças mais abstratas. A representação do real passa a existir cada vez menos e as formas e objetos tomam seu lugar gradativamente, até que ele se torna um dos idealizadores do movimento neoconcreto, junto com seu mentor Franz Weissmann.
A partir daí se inicia uma das décadas mais importantes para a carreira do artista, a década de 50. Nela, Amilcar recebe importantes prêmios e expõe suas obras em exposições de renomados museus e locais ligados a arte. Dentre esses feitos, a medalha de bronze em Escultura no III Salão Baiano de Belas Artes, em Salvador e Exposições no Museu de Arte Moderna de São Paulo, o MAM-SP, e do Rio de Janeiro, o MAM-RJ.
A ida ao exterior e a carreira de professor
Em 1968 Amilcar vai aos Estados Unidos após receber uma bolsa no Memorial Foundation, como prêmio do Salão Nacional de Arte Moderna, o SNAM. Fato é que, além do estudo, outras sementes foram plantadas e o artista resolveu dividir seus aprendizados e partir para a carreira de professor, carreira esta que persistiu por 19 anos, de 1971, quando voltou ao Brasil e se fixou em Belo Horizonte a 1990, quando decidiu voltar o foco de sua carreira a produção de obras.
Podemos entender as esculturas de Amilcar muito melhor se as enxergarmos como algo do local onde ela está, muito mais do que do material pelo qual elas foram construídas ou pelas cores que foram colocadas em sua produção. Suas obras, principalmente as monumentais, são algo da natureza e fazem parte do meio que está ao seu redor, assim como a ação do tempo, que para ele é algo que não deve ser entendido como “corpo estranho” em suas esculturas.
Amilcar de Castro falece em novembro de 2002 na cidade de Belo Horizonte e valorizou importantes locais do território brasileiro com suas obras.
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