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Empresas devem levar em consideração 10 aspectos em suas estratégias de remuneração em tempos de economia instável
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Entre eles, a SG Comp Partners destaca a necessidade de avaliações de desempenho trimestrais ou semestrais, planos de incentivo coerentes com a realidade financeira, forte governança e transparência na comunicação
Com a taxa Selic a 10,5%, o Brasil tem hoje a segunda maior taxa real de juros no mundo. Em um cenário como este, é crucial encontrar um equilíbrio que permita a sustentabilidade financeira das empresas e ao mesmo tempo viabilize a retenção de profissionais essenciais para o sucesso dos negócios.
“A alta taxa de juros e a inflação têm impactos significativos tanto para as empresas como para seus talentos, o que exige uma ação rápida em relação não só à definição das estratégias corretas de remuneração, mas também à forma de comunicá-las aos colaboradores”, afirma Paulo Saliby, sócio-fundador da consultoria SG Comp Partners, especializada no desenho de planos de remuneração.
Isto é fundamental porque, segundo o consultor, os juros altos tornam o acesso ao crédito para os investimentos mais caro para as companhias, aumentando o custo do capital para iniciativas de crescimento, inovações e aquisições, assim como afetam as receitas e a lucratividade devido à redução dos gastos dos consumidores. “Os colaboradores, por sua vez, são impactados diretamente no seu poder de compra, o que reduz sua percepção em relação ao valor da remuneração recebida”, explica Saliby.
Diante deste contexto, um dos maiores desafios para as áreas de Recursos Humanos é comunicar aos talentos questões relacionadas ao portfólio de recompensas. Nestes períodos, muitas vezes, alterações nas estratégias de remuneração são necessárias e impactam a percepção sobre os valores dos planos oferecidos pelas empresas. Para tomar as melhores decisões, é importante que o ambiente da empresa seja receptivo ao feedback, ou seja, que os funcionários sejam incentivados a compartilhar opiniões sobre o seu pacote, para que sejam identificadas preocupações e criadas soluções inclusivas.
“É interessante também que haja transparência financeira, para que todos conheçam claramente a situação e as razões para as decisões de remuneração, reduzindo a ansiedade e aumentando a compreensão. Além disso, é importante que saibam qual é a visão de futuro da companhia, ou seja, seus planos de crescimento e práticas de remuneração, para manter a confiança e a motivação da equipe”, ressalta Saliby.
De acordo com o consultor da SG Comp Partners, para que se tenha um plano de remuneração justo e compreensível em épocas de incerteza econômica, a empresa deve alinhar a remuneração aos objetivos de negócios, mantendo a motivação dos colaboradores e adaptando os incentivos à realidade do mercado. “Isso garante que os programas não contenham riscos excessivos e que os interesses dos talentos estejam alinhados com as metas de longo prazo”, acredita o consultor.
Neste processo de adaptação das estratégias de remuneração a momentos incertos, 10 principais componentes devem ser considerados:
1) Usar períodos de desempenho mais curtos, como semestrais ou trimestrais, para viabilizar o estabelecimento de metas mais dinâmicas e ajustes baseados em condições econômicas em constante mudança.
2) Fazer ajustes discricionários no final do ciclo com base nos resultados reais e nas respostas da companhia para garantir equidade e alinhamento com o desempenho.
3) Adotar um plano de incentivos que funcione bem mesmo em períodos incertos, evitando gatilhos muito estreitos ou condições de performance inalcançáveis.
4) Manter comunicação transparente com os talentos sobre o status da empresa, o impacto das condições econômicas e como os planos de incentivos se encaixam no quadro geral.
5) Dar retorno contínuo e monitorar de forma regular o clima organizacional para manter os funcionários informados e motivados, permitindo correções de curso, se necessário.
6) Oferecer bônus de retenção para talentos-chave a fim de manter a estabilidade e motivação durante tempos incertos.
7) Utilizar análise de dados para otimizar gastos com remuneração, modelar projeções de custos e entender a correlação entre pagamento e desempenho.
8) Desviar o foco exclusivamente das métricas financeiras, incluindo outras dimensões de performance, conectadas com a competitividade futura da companhia.
9) Criar uma forte estrutura de governança, envolvendo as áreas de gestão de riscos, financeira e a alta administração, para supervisionar o design e a implementação dos planos de incentivo.
10) Incorporar aceleradores vinculados ao alcance de objetivos estratégicos desafiantes, como vender novos produtos ou penetrar em novos mercados.
“Em momentos de instabilidade, o engajamento dos principais talentos é ainda mais essencial para garantir inovação e bom desempenho dos negócios, sendo que uma boa estratégia de remuneração pode ser o fator determinante para que a empresa mantenha seu principal capital – o humano, motivado e pronto para ser mais produtivo e relevante”, ressalta Saliby.

Editorias: Economia  Informática  Industria  Negócios  Serviços  
Tipo: Pauta  Data Publicação:
Fonte do release
Empresa: GP Comunicação  
Contato: Clezia Martins Gomes  
Telefone: 11-3129-5158-

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