A crise econômica gerada pela covid-19 atingiu quase todos os setores, mas a força motriz do Brasil – o agronegócio, é uma exceção. De acordo com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), o PIB (Produto Interno Bruto) do setor fechou o ano passado com uma expansão recorde de 24,31% na comparação com 2019.
Com o resultado, o agro, que gera cerca de 18 milhões de empregos, ampliou para 26,6% sua participação no PIB total do País no ano passado. Em 2019, este percentual foi de 20,5%. Todos os segmentos da cadeia produtiva tiveram alta, com destaque para o setor primário (56,59%), seguido por agrosserviços (20,93%), agroindústria (8,72%) e insumos (6,72%).
Os números são extremamente positivos e poderiam ser ainda melhores se o Brasil conseguisse combater um problema que cresceu vertiginosamente: o roubo e furto no campo de todo o tipo de material, de insumos agrícolas a maquinário.
Os valores exatos de perdas decorrentes do problema são difíceis de quantificar. Porém, especialistas em segurança patrimonial calculam que os prejuízos ultrapassam os R$ 400 bilhões ao ano. Para além da perda concreta do insumo ou da máquina, com o roubo existe também a perda de parte da produção, com o prejuízo no manejo durante o período de safra. Ou seja, hoje, infelizmente, organizações criminosas encontraram no campo uma fonte de renda bilionária. Por isso, a pergunta que fica é: o que fazer para contornar isso?
Obviamente, não existe solução mágica. O que podemos afirmar, no entanto, é que um setor já conhecido por investimentos pesados em tecnologia de aperfeiçoamento dos negócios, precisa investir também, com mais força, em soluções de segurança.
Atualmente, as possibilidades específicas para o setor são muitas e estão sendo cada vez mais ampliadas para que o empresário consiga maior produtividade e menos perdas no seu dia a dia. Como o agronegócio é um campo repleto de oportunidades de investimentos, desenvolvimento e geração de empregos, o setor de segurança eletrônica tem investido muito em soluções que atendam especificamente esse mercado. São câmeras de última geração, drones, controles de carga e balança, cancelas, transmissão de imagens, controle de acesso, detecção de incêndio e segurança de estoque que estão atualmente disponíveis.
Apenas para citar um exemplo mais específico, ferramentas já possibilitam, por exemplo, que os operadores da central de segurança controlem todas as unidades em uma única tela e contem com um sistema de áudio com mensagens pré-gravadas que lhes permite mandar mensagens personalizadas, que indicam as providências a ser tomadas pelos diferentes membros da equipe.
E o melhor: com os investimentos, não é só a área de segurança que é beneficiada. Com a integração de tecnologia, é possível ter um melhor controle dos estoques e logístico, saber exatamente o que entra e sai da operação, ou seja, ter um inventário mais preciso.
Além disso, é possível programar melhor a manutenção das unidades, gerir o volume de entregar a fim de reduzir as filas dos caminhões, com maior agilidade e produtividade nos processos de carga e descarga, além de redução dos acidentes nos pátios, que já eram eventuais.
Por fim, é possível ainda ter informações para garantir maior segurança no trabalho e melhor controle de despesas com energia e água, evitando luzes acessas fora de horário ou providenciando o conserto imediato de canos rompidos, por exemplo.
Diante de todo o exposto, fica comprovado que o investimento em segurança é necessários não só para evitar perdas, mas também para melhorar a performance em diversos segmentos de uma cadeia do agronegócio. Para que a economia siga forte, com o agronegócio sendo um dos seus principais motores, os modernos sistemas de segurança precisam aliados.
Denis André Côté é vice-presidente para América Latina e Caribe da Genetec, uma empresa de tecnologia inovadora, com um vasto portfólio de soluções nas áreas de segurança, inteligência e operações.