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O Instituto Nacional de Câncer – INCA divulgou recentemente um estudo que prevê que o Brasil terá 704 mil novos casos por ano até 2025, sendo que a maior parte dos casos deve ocorrer nas regiões Sul e Sudeste. O estudo levou em conta mais de 21 tipos de cânceres e o câncer de pele não melanoma é o tumor mais comum no Brasil, representando 31,3% dos casos. Para reforçar a prevenção, foi criada a campanha Dezembro Laranja, que visa alertar a população sobre como se prevenir do câncer de pele.
A médica rádio-oncologista Paula Soares, do Oncoville, explica que um dos principais fatores para o desenvolvimento do câncer de pele é a exposição solar, mas que ele pode surgir com uma associação de causas, como a predisposição genética e características do próprio indivíduo, entre elas, as pessoas com peles claras, que possuem pouca melanina, possibilitando uma menor proteção aos raios ultravioleta. “Estatísticas mostram que a região Sul do país apresenta os maiores índices de câncer de pele, então, é importante que o indivíduo tenha atenção com a própria pele, porque se trata de um dos tumores mais fácil para diagnosticar, pois está na parte exterior do corpo”, aponta.
Assim como qualquer outro tipo de câncer, quando descoberto no início, as chances de cura são maiores. Para pacientes com câncer de pele em estágio inicial as chances de cura são de mais de 90%. “Para realizar o autoexame é muito simples: basta se olhar sem roupa em frente ao espelho para verificar a presença de qualquer sinal de mancha diferente ou novas pintas acompanhadas ou não de coceiras e sangramentos. Deve ser feito mensalmente e se algum sinal aparecer, deve-se procurar imediatamente um dermatologista”, expõe a médica Paula Soares.
Eletronterapia para irradiação
O físico médico Paulo Petchevist, do Oncoville, explica que uma das formas de radioterapia de câncer de pele mais difundida no mundo é a Eletronterapia, técnica em que elétrons de alta energia, provenientes do acelerador linear, são empregados para a irradiação superficial. “Normalmente a estimativa da extensão em profundidade da lesão é dada pela imagem tomográfica onde é possível então extrair a informação de qual energia dos elétrons deverá ser selecionada. Quanto mais profunda for a lesão, maior será a necessidade de empregar elétrons de maior energia.”
O processo de planejamento da Eletronterapia é bastante simples. O paciente é conduzido à simulação, que é a tomografia da região a ser tratada, após a confecção de suportes e imobilizadores necessários, já na posição em que o tratamento será feito, para que a imagem tridimensional local seja obtida. “Nessa imagem, o médico rádio-oncologista desenhará a lesão a ser tratada, a melhor angulação de tratamento do acelerador linear e então será confeccionada uma blindagem personalizada a ser acoplada ao Gantry do acelerador linear a cada dia de tratamento. Esta blindagem permitirá irradiar apenas a lesão e poupar os tecidos sadios circunvizinhos. O tempo de irradiação leva em torno de um a dois minutos”, complementa Paulo Petchevist.