E-mail


Senha

Lembrar senha

   
Informe o e-mail usado para fazer o login


   



Pesquisa




Mundo terá quase 1 bilhão de crianças acima do peso até 2035
Enviar release
Este release no seu Blog ou Site
Obesidade Infantil
Obesidade Infantil

Estudo global da Federação Mundial de Obesidade mostra que, na região das Américas, mais da metade das crianças terão sobrepeso e obesidade até 2035

● Até 2035, mais de 750 milhões de crianças (com idade entre 5 e 19 anos) deverão viver com sobrepeso e obesidade, de acordo com o IMC (Índice de Massa Corporal). Isso equivale a dois em cada cinco crianças globalmente, e a maioria delas estará vivendo em países de renda média;

● Em 2035, estima-se que 68 milhões de crianças estarão sofrendo de pressão arterial alta devido ao seu IMC elevado. As DCNTs (Doenças Crônicas Não Transmissíveis) associadas à obesidade, que antes eram vistas apenas em adultos, agora estão se tornando cada vez mais comuns entre as crianças;

● A região das Américas tem a maior prevalência de sobrepeso e obesidade entre crianças. Em 2025, devem ser 43% de crianças com essas condições, número que deve chegar a 53% em 2035;

● Na região das Américas, 16% das 5,9 milhões de mortes causadas por DCNTs podem ser atribuídas ao IMC alto. A região das Américas e do Mediterrâneo Oriental são aquelas com as maiores proporções. Os dados reforçam a centralidade do IMC e da obesidade nos agravos de doenças como câncer e diabetes;

● No mundo, 3,3 bilhões de pessoas deverão estar com sobrepeso e obesidade até 2035. Em 2020, esse número estava em 2,2 bilhões. Caso a projeção se concretize, o aumento será de 50% em 15 anos.

O mais novo Atlas Mundial da Obesidade, produzido pela Federação Mundial de Obesidade e traduzido pelo Instituto Cordial / Painel Brasileiro da Obesidade (PBO), apontou que 3,3 bilhões de pessoas no mundo enfrentarão sobrepeso e obesidade até 2035. O relatório indica que 54% dos adultos terão essa condição. Entre jovens, a porcentagem vai para 39%.

A edição deste ano do Atlas alertou para a centralidade do sobrepeso e da obesidade no agravo de DCNTs. Para se ter uma ideia, das 41 milhões de mortes anuais atribuídas a essas doenças, 5 milhões são impulsionadas pelo IMC elevado. Dessas, destacam-se aquelas causadas por diabetes, AVC (Acidente Vascular Cerebral), doença coronariana e câncer. A maior parte dessas mortes concentram-se em países em desenvolvimento.

“As medidas implementadas globalmente vêm sendo tímidas para conter o aumento do sobrepeso e da obesidade. Os indicadores permanecem muito ruins. No Brasil, enquanto não promovermos políticas mais robustas e abrangentes para fomentar a promoção de vida saudável, lidando da prevenção ao tratamento da obesidade, seguiremos aumentando os números de outras doenças associadas. Para além da perda de qualidade de vida, a pressão no sistema público de saúde e na saúde suplementar tendem a ser insustentáveis no médio prazo”, ressalta Luis Fernando Villaça Meyer, diretor de operações do Instituto Cordial.

Obesidade infantil
Além das doenças colaterais e das mortes evitáveis provocadas pela obesidade, o Atlas de 2024 destacou os níveis crescentes de obesidade infantil. Com mais de 750 milhões de jovens entre 5 e 19 anos sofrendo com sobrepeso e obesidade até 2035, a tendência aponta para o desenvolvimento cada vez mais precoce de DCNTs.

Em 2035, estima-se que 68 milhões de crianças estarão sofrendo de pressão arterial alta devido ao seu IMC elevado, cerca de 27 milhões estarão vivendo com hiperglicemia devido ao seu IMC elevado, e 76 milhões terão baixos níveis de colesterol HDL devido ao seu IMC elevado. Assim, milhões de crianças chegarão à fase adulta propensas a AVC, diabetes e doenças cardíacas.

Apesar de alguns esforços, fragmentados, para lidar com a prevalência da obesidade e sem ações coordenadas, as taxas de obesidade continuarão a aumentar, e cada vez mais pessoas morrerão prematuramente de obesidade ou de uma das doenças atribuíveis.

Segundo Meyer, “a obesidade não é uma questão desconhecida. Mas as ações são pontuais e focadas no comportamento, individualizando a responsabilidade. Uma ação coordenada, que congregue a saúde, a educação e também a infraestrutura urbana, dando centralidade à obesidade nas mortes evitáveis por DCNTs, é fundamental para brecar o aumento da prevalência”.

O Atlas indica que países de renda média-alta e alta serão os mais assolados pela obesidade infantil. Em 2035, 59% das crianças dos países de renda média-alta terão sobrepeso e obesidade, número que vai para 48% entre países de alta renda.

Um problema global

Os resultados do Atlas da Obesidade de 2024 confirmam a associação geral entre maior PIB per capita e maior prevalência de IMC elevado (principal indicador de sobrepeso e obesidade) entre adultos e crianças. Mostram também uma correlação positiva entre o crescimento anualizado do PIB per capita e o aumento anualizado da prevalência de IMC elevado, tanto para adultos como para crianças.

Meyer destaca que “essa alta correlação entre PIB per capita e altas taxas de índice de massa corporal (IMC) demonstra que renda maior não é sinônimo de saúde melhor da população. Mesmo com recursos, o ambiente, a regulação, as políticas públicas e os modos de vida de muitos países de alta renda ainda mantêm altas taxas de sedentarismo e má alimentação, não promovendo vidas saudáveis, aumentando as taxas de sobrepeso, obesidade e de outras doenças associadas”.

Até 2035, 70% da população adulta de países de renda alta terão sobrepeso e obesidade. Entre países de renda média-alta, esse número é de 61%. Os dados mostram como o IMC elevado está ligado à crescente crise ambiental enfrentada pelo globo, com emissões de gases de efeito estufa, urbanização, resíduos plásticos, falta de atividade física e consumo de produtos de origem animal.

Todos esses fatores desempenham um papel na criação de ambientes pouco saudáveis que contribuem para a obesidade. Esse processo se dá pela utilização de processos industriais mecanizados, práticas de trabalho sedentárias, utilização de transporte motorizado e menor necessidade e oportunidade de transporte ativo e recreação ativa.

Os emergentes e a obesidade
Apesar de ser um problema global, países em desenvolvimento destacam-se com a concentração de casos mais graves de sobrepeso. As duas regiões do globo que apresentaram maiores níveis de mortes atribuíveis ao IMC elevado foram a das Américas e do Mediterrâneo Oriental.

Nas Américas, 14% das 6,9 milhões de mortes anuais podem ser atribuídas ao IMC elevado. Esse número vai para 16% entre as mortes causadas por DCNTs. No Mediterrâneo Oriental, os índices pulam para 16% e 21%, respectivamente.

“O Atlas mostra que a prevalência e a tendência nacionais de aumento da obesidade não são bons, mas o Brasil tem a chance de dar um ótimo exemplo. Com recursos como o SUS e o Guia Alimentar Para a População Brasileira e sendo selecionado pela OMS como um dos países prioritários para implantação de suas recomendações para o manejo da obesidade em 2022, o país tem tudo para conter o aumento da prevalência. É preciso implantar estas recomendações, ampliando e criando políticas nacionais para promover a vida saudável, prevenir a obesidade e garantir o cuidado contínuo, abrangente, multiprofissional, não estigmatizado e ao longo da vida das pessoas já acometidas por ela. Sendo a obesidade uma doença complexa e multifatorial, é preciso o envolvimento e engajamento de diversos atores públicos e privados para que isso ocorra”, conclui Meyer.

Sobre o PBO
O Atlas Mundial da Obesidade 2024 é uma realização da Federação Mundial de Obesidade. O documento foi traduzido exclusivamente pelo PBO e lançado simultaneamente. O Painel Brasileiro da Obesidade é uma iniciativa realizada pelo Instituto Cordial com a visão de conter o aumento da prevalência da obesidade até 2030. A iniciativa busca mapear e compreender os diversos fatores, perspectivas e dados relacionados à obesidade no Brasil, identificando e aproximando nichos e agendas atualmente segregadas que possam atuar em sinergia para futuras estratégias e protocolos integrados.

Editorias: Criança  Saúde  Sociedade  
Tipo: Pauta  Data Publicação:
Fonte do release
Empresa: Texto & Cia Comunicação  
Contato: Daniela Antunes e Blanche Amancio  
Telefone: 16-39162840-

Envie um e-mail para o(a) responsável pela notícia acima:
Seu nome

Seu e-mail

Mensagem

Digite o código mostrado abaixo

  
Skype:
MSN:
Twitter: http://twitter.com/https://twitter.com/textocia
Facebook: https://www.facebook.com/TextoComunicacao
Copyright 2008 - DIFUNDIR - Todos os direitos reservados. Não é permitida a reprodução deste conteúdo sem prévia autorização.