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Fernando Junqueira, vice-presidente do interior, fala que medida pode impactar programas sociais e de infraestrutura
Fornecedores de insumos e serviços da cadeia produtiva de cimento e concreto têm tentado impor aumentos excessivos de preços às construtoras. “Não existe justificativa plausível para este movimento”, afirma Fernando Junqueira, vice-presidente do Interior do SindusCon-SP.
O Sindicato tem repudiado o movimento dos fornecedores de insumos porque o aumento dos preços impacta nos projetos em andamento. Na opinião de Junqueira, isso impacta os custos das obras contratadas junto aos clientes.
Alguns desses fornecedores têm argumentado que tiveram aumento de 10% em apenas um de seus insumos e pressionam por um reajuste na mesma proporção no preço final de seus produtos. “Eles não levam em conta que os demais insumos e o custo da mão de obra que compõem aqueles produtos não foram reajustados”, rebate Junqueira.
Repassar os aumentos para os clientes é impraticável, argumenta o dirigente. Ele acrescenta que as elevações de preços também colocam em risco a obtenção de resultados em programas como o Minha Casa, Minha Vida e o PAC.
“Ocorre que esse movimento trabalha no campo do imponderável, imprevisível. Isso não é razoável na cadeia produtiva da construção. As construtoras trabalham com planejamento e previsibilidade, qualquer coisa fora disso impacta negativamente em toda a cadeia. Objetivamente: geração de empregos, valor dos imóveis e custo de obra”, detalha Junqueira.
A expectativa do SindusCon-SP é a de que fabricantes de insumos revisem as decisões anunciadas na última quinzena. “O precioso momento de controle da inflação que vivemos enseja redução dos juros, aumento de renda das famílias e, consequentemente, uma elevação positiva da demanda, que beneficiará a construção e seus fornecedores. Não é o momento de aumentar preços”, opina o vice-presidente do SindusCon-SP.