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Em Salão de Ideias, escritor Stênio Gardel destaca a importância da palavra
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Stênio Gardel esteve neste domingo na FIL_foto de  Nelcivan Francisco
Stênio Gardel esteve neste domingo na FIL_foto de Nelcivan Francisco

Programação deste domingo (4/8) movimentou o quarteirão Paulista e a Praça XV de Novembro com música, saraus e encontros literários diversos. O dia terminou com show que revisitou a carreira de Dori Caymmi

Ribeirão Preto (SP), 5 de agosto de 2024 - O premiado autor cearense Stênio Gardel esteve neste domingo (4/8), na 23ª FIL - Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto para um encontro poético e contundente com o público do Salão de Ideias. Estreante na cena literária brasileira, com indicação aos prêmios Jabuti e São Paulo de Literatura e vencedor do National Book Awards 2023, com o romance “A Palavra que Resta”, seu livro de estreia, Gardel não economizou simpatia e profundidade nas reflexões colocadas pelo mediador Nicolas Totti e pela interativa plateia.

“Não imaginava que eu pudesse, de fato, me tornar um escritor. Encontrei nas palavras o meu caminho e ainda me surpreendo com as respostas positivas ao meu trabalho”, entregou Gardel, que é também servidor público do Tribunal Superior Eleitoral do Ceará. O autor também falou sobre “Bento, Vento, Tempo”, seu segundo livro, em que adentra o universo infantil e teve lançamento na FIL no sábado. “Esse livro nasceu da vontade de experimentar algo diferente da prosa e de trazer a cultura popular mais para perto por meio do uso do cordel”, explicou o autor.

Outros encontros
Pelo segundo ano na programação da FIL, o escritor Ignácio de Loyola Brandão relembrou o início de carreira no jornalismo, ainda na juventude em Araraquara, e munido de caneta, bloco de anotações e sua perspicácia característica, encarnou o repórter diante do prefeito Antônio Duarte Nogueira Junior, no auditório da Biblioteca Sinhá Junqueira: “Prefeito, eu passo quatro, cinco anos escrevendo um romance. E quando acaba, sinto um vazio, sinto falta daqueles personagens, daquelas situações que convivi diariamente. Qual sua sensação de estar se aproximando de deixar o poder?”, perguntou o escritor. “Este vazio que você citou vai começar para mim dia 1º de janeiro de 2025. Até lá, seguirei trabalhando e me preparando para este momento, mas com a sensação de ter honrado a memória de meu pai, assim como eu, prefeito de Ribeirão Preto por duas vezes”, respondeu Nogueira. No encerramento deste bate-papo batizado de “Do Cotidiano ao Extraordinário e Vice-versa”, a Academia Ribeirãopretana de Letras entregou ao prefeito o título de membro honorário da entidade.

Na Sessão Poesia, o amor pela arte deu o tom do encontro entre a escritora ribeirãopretana Luiza Romão - consagrada pelo Prêmio Jabuti em 2022 com “Também guardamos pedras aqui” -, e a poeta carioca Bruna Mitriano. Na troca entre as escritoras e o público, a forma de escrever poesia e o universo literário foi um dos pontos abordados. “Faça algo muito bom a ponto de ninguém conseguir ignorar”, disse a poeta. Outro tema central na conversa foi a forma de levar a poesia para o corpo. “Penso na sonoridade das palavras e sempre falando alto. A poesia nasce no corpo, na voz e depois vai para o papel”, detalhou Luiza Romão, antes de declamar um de seus poemas. Autora de “Sangria”, “Coquetel Motolove” e “Nadine”, Luiza também é atriz e slammer. A mediação foi feita pela poeta e produtora cultural da Fundação do Livro e Leitura, Juliana Judice.

Intercâmbio poético
Os visitantes da FIL no domingo tiveram a oportunidade de trocar de lado com os convidados oficiais e se tornarem os protagonistas na intervenção “Vidas Poéticas: Me conta uma boa história?”, conduzida pela jornalista e escritora Daniela Penha. Nas duas sessões realizadas na Usina do Saber (praça XV de Novembro), a dinâmica foi diferente, com intercâmbio de histórias entre os participantes. As pessoas escreviam sua história num papel que era pendurado num varal e depois retirado e lido por outras pessoas. “Toda história é uma boa história, só depende da forma como que olhamos para ela e, especialmente, da nossa disponibilidade em escutar. A correria desgastante do dia a dia nos torna surdos às histórias cotidianas”, enfatizou a escritora, para quem o componente de dramaticidade não define uma boa história. “Essa é uma percepção falsa. Gosto de trabalhar com as histórias fantásticas das pessoas comuns porque nosso cotidiano é fantástico. Nossa luta diária é incrível e cumpre papel de preservação da memória. Nós fazemos uma boa história e precisamos contá-las para guardar nossos agoras, nossas épocas”, completou Daniela.

Tenda Sesc
No bate-papo “Literatura indígena na contemporaneidade”, realizado na Tenda do Sesc, as escritoras Sony Ferseck e Geni Núñez levaram diferentes observações ao público. Uma delas foi sobre como a adjetivação marca diferenças de importância nos tratamentos sociais. “Mestre Bispi dizia que quando uma palavra precisa ser adjetivada significa que ela sozinha é fraca”, iniciou Geni. Ela exemplificou a fala lembrando que tudo que tem origem no homem branco e hétero dispensa adjetivos. “Temos a ideia de que, se é algo do universo do homem branco, não precisa ser nomeado. Mas quando nomeamos algo indígena, somos contestados, como acontece ao falarmos literatura indígena e sermos questionadas da necessidade dessa marcação”, completou Nuñez.

Sony Ferseck enfatizou que a literatura indígena sempre existiu, uma vez que o contar histórias é a base da tribo Guarani. “Não precisamos dar voz aos indígenas porque essa literatura sempre existiu. Mas só vamos potencializar isso por meio do formato livro”, disse Ferseck, criadora da Wei Editora, para publicação de obras indígenas. “Em Roraima, onde vivo, há muitas culturas indígenas, mas somente duas editoras. Me cansei de enviar meus livros para outras editoras e vê-los presos nos armários do esquecimento. Criei, então, uma cooperativa poética e, depois, a Wei, que é independente”, esclareceu a poeta.

Em seguida a esse encontro, a Tenda do Sesc ficou pequena para o forró do Trio Mana Flor. Ao som de clássicos do gênero interpretados com releituras cheias de personalidade por Cimara Fróis, Carolina Guimarães e Talita Larcipretti, o público transformou o espaço em salão de baile, estendido para toda a Esplanada do Theatro Pedro II. Paralelamente a esse arrasta-pé, o quarteto Cora Limã entregava show intimista de música brasileira no quintal da Biblioteca Sinhá Junqueira. Formado pelas irmãs Lígia e Milena de Castro, Vitor Coelho e Felipe Pedroso, o grupo apresentou arranjos e construções refinadas para repertório misto de músicas brasileiras e composições autorais.

A noite terminou com o Theatro Pedro II lotado para assistir ao show de Dori Caymmi, filho de Dorival Caymmi, dentro da programação Sesc na FIL. O cantor, produtor, arranjador e compositor veio acompanhado de músicos que referenciam a música brasileira ao lado de sua trajetória expressiva. Com sonoridade preciosa e poesia nas letras, o show sensibilizou o público, com canções como Alegre Menina, Porto, Ninho de Vespa e Desenredo, com espaço para homenagens a Heitor Villa Lobos e a Antonio Carlos Jobim ao final. Caymmi conversou com o público, falou do quanto dói observar a cidade que o Rio de Janeiro se transformou: “em cada janela, uma favela”, desabafou. Hoje, com 80 anos ele declarou que são 63 anos de trabalho como músico. “Fico tão feliz que faço música brasileira e sou brasileiro”.

Até o próximo domingo (11), a 23ª Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto continua oferecendo extensa programação gratuita para públicos de todas as idades. A agenda integral está disponível no endereço eletrônico http://www.fundacaodolivroeleiturarp.com.

Sobre a FIL
A FIL (Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto) consagrou-se como um dos maiores eventos culturais do país e tornou-se internacional em 2020. Atualmente, possui 24 anos de história e realiza neste ano a sua 23ª edição. A cada ano, a programação reúne autores, artistas, intelectuais, educadores, estudantes e participantes de diversas localidades. Todas as atividades são gratuitas e abertas à população, o que consolida o objetivo primordial de fomentar a leitura e de contribuir para ampliar os números de leitores do país.

Mais informações:
http://www.fundacaodolivroeleiturarp.com
Instagram: @fundacaolivrorp
Facebook: @fundacaodolivroeleiturarp
YouTube: /FeiraDoLivroRibeirao
Twitter: @FundacaoLivroRP

Realização
Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústrias Criativas, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, Usina Alta Mogiana, GS Inima Ambient e Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto apresentam a 23ª FIL - Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto.

Patrocínio Diamante: Usina Alta Mogiana e GS Inima Ambient
Patrocínio Ouro: Arteris
Patrocínio Prata: Necta Gás Natural e Savegnago
Patrocínio Bronze: Gerdau, Lupo, Ribeirão Shopping Multiplan e Tracan
Instituição Cultural: Sesc

Apoio Cultural: APAA - Associação Paulista Amigos da Arte, ACIRP - Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto, Universidade Anhembi Morumbi, Apis Flora, Caldema, Grupo Intelli, Cervejaria Invicta, Gnatus Equipamentos Odontológicos, Supermercados Gricki, Madeiranit, Monreale Hotels, Grupo Passalacqua, Passalacqua Tech, Riberfoods, Santa Helena, Real Supermercados, Santiago e Cintra Geotecnologias, Santa Emília, Vantage GeoAgri, Transface, Grupo Utam, Pedra Agroindustrial e Virbag.

Apoio Institucional: Fundação Dom Pedro II, Biblioteca Sinhá Junqueira, Consulado Geral de Portugal, Camões Instituto da Cooperação e da Língua Portugal, CUFA - Central Única das Favelas, ONG Arco Íris, Coletivo Abayomi, Diretoria de Ensino - Região de Ribeirão Preto, ETEC José Martimiano da Silva, Fundação Educandário, SESI, SENAC, Barão de Mauá, Centro Universitário Moura Lacerda, Unaerp, IE - Instituto de Estudos Avançados Da Universidade de São Paulo, Adevirp - Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto e Região, Ann Sullivan, Associação dos Surdos de Ribeirão Preto, CAEERP,Dr. Cãopaixão, FADA, Fundação Panda, RibDown, Alma (Academia Livre de Música e Artes), Convention & Visitors Bureau, Painew, Verbo Nostro Comunicação Planejada, IPCCIC, RP Cine, Guarda Civil e Polícia Militar.


Sobre a Fundação
A Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, responsável pela realização da Feira Internacional do Livro da cidade, hoje considerada a segunda maior feira a céu aberto do país. Com uma trajetória sólida, projeção nacional e agora internacional, a entidade ganhou experiência e, atualmente, além da feira, realiza muitos outros projetos ligados ao universo do livro e da leitura, com calendário de atividades durante todo o ano. A Fundação do Livro e Leitura se mantém com o apoio de mantenedores e patrocinadores, com recursos diretos e advindos das leis de incentivo, em especial do Pronac e do ProAc.

Editorias: Cultura e Lazer  Educação  Serviços  
Tipo: Pauta  Data Publicação:
Fonte do release
Empresa: Verbo Nostro Comunicação Planejada  
Contato: Verbo Nostro Comunicação Planejada  
Telefone: 16-36108659-

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