A fonoaudiologia é responsável por atuar nos aspectos relacionados à comunicação humana, deglutição e na musculatura oral e facial. Dentro da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI), a atuação fonoaudiológica envolve detectar a deficiência auditiva, incentivar o aleitamento materno e a assistência alimentar, analisando se o bebê está pronto para iniciar a alimentação pela boca com segurança e eficiência, contribuindo assim para o processo de desospitalização.
Segundo Roberta Clark, fonoaudióloga do Neocenter/Belo Horizonte, a área desempenha um papel abrangente e importante, que envolve pesquisa, avaliação e intervenção em diversas áreas, como no desempenho funcional da musculatura oral e facial, voz, audição, disfagia (dificuldade de deglutição), linguagem, fonoaudiologia educacional e hospitalar. Para Roberta, além de importante, o trabalho do fonoaudiólogo é gratificante. “Dentro da UTI conseguimos acompanhar o progresso dos bebês prematuros dia por dia. Entre os avanços mais comuns estão: melhoria nas funções orais (adequação da força e mobilidade de lábios, língua e outros músculos orais) e na transição segura da alimentação de sonda para a via oral e o estímulo ao aleitamento materno e orientação dos pais”, esclarece.
Para favorecer o bom desenvolvimento do bebê prematuro, a atuação do fonoaudiólogo como parte atuante em uma equipe multidisciplinar integrada e humanizada é fundamental. A compreensão de que o cuidado do pequeno paciente não ocorre de forma isolada faz com que o tratamento seja coeso com a participação de outros profissionais especializados, inserindo a fonoaudiologia como elemento vital no processo de desenvolvimento saudável e progressivo dos bebês.

Valorização dos avanços
No âmbito da condução dos pais, a fonoaudióloga ressalta a importância de valorizar cada avanço do bebê, expressando orgulho pelos marcos de desenvolvimento alcançados. “O importante é viver um dia de cada vez, com paciência e fé diante dos desafios. Essa abordagem, aliada ao suporte integral da equipe multidisciplinar, contribui para um ambiente propício ao crescimento saudável e à superação dos obstáculos enfrentados pelos prematuros”, enfatiza a fonoaudióloga.