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O número de ocorrências de roubo e furto de automóveis, caminhonetes e utilitários cresceu 23,74% nos quatro primeiros meses de 2022, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram 21.249 roubos e 7.849 furtos, o que corresponde a um veículo subtraído a cada seis minutos, segundo estudo detalhado que acaba de ser publicado no Boletim Econômico Tracker-Fecap. Os números são analisados com base nos dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
Os carros mais visados são também os que apresentaram as maiores altas nas estatísticas. Destaque para o Hyundai Creta 16A Attitude, que teve um crescimento de 125,81% no número de roubos de janeiro a abril. “Dentre os 4 modelos mais furtados no período, observa-se um crescimento dos crimes na comparação com o mesmo quadrimestre de 2021. Chevrolet Corsa Wind (+26,48%); Chevrolet Onix 1.0MT LT (+53,00%); Hyundai HB20 1.0M Comfort (+26,63%) e Fiat Mobi Like (+10,56%). Já nos modelos mais roubados, além do Creta, estão Hyundai HB20 1.0M Comfort (+30,56%); Chevrolet Onix 1.0MT LT (+34,38%); e Fiat Argo Drive 1.0 (+21,31%)”, afirma o coordenador do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da Fecap, Erivaldo Costa Vieira.
O coordenador do Comando de Operações do Grupo Tracker, Vitor Corrêa, destaca que “os SUVs, por serem veículos mais caros e luxuosos, proporcionalmente possuem peças com valores mais altos, e isso é levado em consideração também no mercado ilegal dos desmanches. Assim, focar nestas ações criminosas gera uma lucratividade maior para as quadrilhas especializadas, que começam a preferir esses modelos de veículos. O gradual crescimento da categoria nos últimos anos, com excelentes resultados de vendas, estimulam ainda mais os criminosos”.
Entre janeiro e abril de 2022, os furtos foram em maior número pela manhã (30,09%), seguido de casos à noite (24,79%) e à tarde (23,42%). Já os roubos ocorreram mais no período da noite (43,99%), seguido pelos períodos da tarde (22,53%) e manhã (22,02%).
Cidades mais perigosas
A capital paulista foi a cidade com o maior número de furtos, em todos os períodos analisados (jan-abr/2022, set-dez/2021 e jan-abr/2021), apresentando um crescimento de 14,16% na passagem do último quadrimestre de 2021 para o primeiro deste ano. A cidade de Santo André, na Grande São Paulo, se manteve na segunda colocação, com alta de 29,59% no mesmo período, seguida por Campinas (+3,74%) e Guarulhos (+6,28%). Completam o top 10 deste ano, os municípios de Osasco (+26,92%); São Bernardo do Campo (+40,28%); Ribeirão Preto (-3,36%); Mauá (+0,23%); São José dos Campos (+45,06%) e Americana (+7,51%).
Com relação aos roubos, houve mudanças nas posições entre os quatro municípios com mais crimes desta natureza. A capital paulista se manteve na primeira colocação com 3.319 ocorrências no primeiro quadrimestre de 2022, representando aumentos de 9,47% e 16,37% em comparação ao quadrimestre imediatamente anterior e ao mesmo período do ano passado, respectivamente. São Bernardo do Campo saltou da quarta para a segunda colocação, no primeiro quadrimestre deste ano, com um crescimento de 30,36% e de 72,49%. Já o município de Santo André se manteve na terceira posição do ranking, apresentando uma estabilidade na passagem do último quadrimestre de 2021 para o primeiro de 2022 (+1,06%). Comparando com o mesmo período de 2021, houve uma alta significativa de 56,56%. Campinas completa o top 4, com queda de 6,43% nas ocorrências em comparação ao último quadrimestre de 2021, mas com um leve crescimento de 1,61% nos registros de furtos frente aos quatro primeiros meses do ano passado.
Bairros da capital mais perigosos
Os bairros que apresentaram as maiores quantidades de furtos de carros entre janeiro e abril deste ano, foram: Tatuapé (269 ocorrências); Água Rasa (233 ocorrências); Vila Matilde (231 ocorrências); Itaquera (224 ocorrências) e Vila Prudente (218 ocorrências). Sob a ótica dos roubos, os bairros mais perigosos foram São Mateus (114 ocorrências); Ipiranga (94 ocorrências); Sacomã (78 ocorrências); Jabaquara (74 ocorrências) e Jardim Ângela (74 ocorrências).