Projeto “Territórios Inclusivos” busca combater a violência contra pessoas com deficiência em Campinas

Estima-se que no Brasil existam cerca de 18,6 milhões de pessoas com deficiência, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2022). Avanços nos últimos anos na implementação de leis inclusivas devem ser considerados, a citar a Lei Brasileira de Inclusão que assegura diversos direitos a essa população. No entanto, há muito a percorrer, pessoas com deficiência ainda ocupam lugar de invisibilidade na sociedade e enfrentam maior vulnerabilidade às violações de direitos.
Os dados do disque 100, serviço de denúncias de violação de direitos humanos, apontam que pessoas com deficiência são vítimas de negligência, violência física, psicológica e abuso financeiro e econômico. Diante desse cenário, é crucial que as pessoas com deficiência estejam inseridas na sociedade e nos diversos serviços e equipamentos da rede, como educação, cultura, saúde, lazer, esporte, habitação e convivência familiar e comunitária. Quanto mais ampla a rede de relações em que o indivíduo estiver inserido, melhor será a prevenção, identificação e intervenção em situações de violência.
Nesse sentido causas sociais e de defesa dos direitos humanos têm ganhado relevância nessa área, o Instituto Jô Clemente (IJC), referência nacional na inclusão de pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras, está desenvolvendo o projeto Territórios Inclusivos, em parceria com a Fundação FEAC e o apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e Pessoa com Deficiência e o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Campinas.
O projeto consiste na prevenção da violência por meio da mobilização, coordenação e capacitação dos profissionais que atuam nas redes das regiões noroeste e sudoeste de Campinas, pretende-se alcançar profissionais das áreas da assistência social, saúde, educação, sistema de justiça, segurança pública e conselhos de direitos e tutelares.
“Considerando a complexidade e os desafios que envolvem a atuação em rede para defesa e de garantia de direitos, essa iniciativa busca promover uma articulação ágil, contribuir para o desenvolvimento de estratégias que possam apoiar o trabalho dos profissionais, além de fortalecer o suporte e a proteção às pessoas com deficiência”, explica Deisiana Paes, coordenadora da área de Defesa e Garantia de Direitos do IJC.
Serão realizados até setembro de 2024, oficinas, rodas de conversa e um seminário abordando temas como deficiência, violência, violação de direitos, atuação em rede na defesa e garantia de direitos, capacitismo, políticas públicas e legislações.

A primeira oficina será realizada no próximo dia 22 de fevereiro das 8h30 às 12h30 no Auditório da Faculdade Anhanguera Ouro Verde localizado na Rua Emília Stefanelli Ceregatti, n° 100 – Jardim Morumbi, Campinas/SP, onde será abordado os temas: “Deficiência: um convite para conhecer as diferenças” e “marcadores sociais ”.

Os profissionais que trabalham na rede de Campinas e atendem a população das regiões Noroeste e Sudoeste podem ter acesso nas demais datas e realizar a inscrições no link: https://forms.gle/XD3NfVzgbRfjjyj49

Editorias: Governo  Saúde  Sociedade  Terceiro Setor  
Tipo: Pauta  Data Publicação: 20/02/24
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