Há sempre ganhadores nas crises
Tuffy Nader, advogado da Fass

Há sempre ganhadores nas crises

*Tuffy Nader, advogado na Fass Legal.
O mundo está cada vez mais acelerado em um planeta que se transforma também muito rápido. A quarentena em função da COVID-19 ainda é uma realidade, depois de cinco meses no Brasil, mas terminará e como ficará o mercado corporativo? Negócios que já existiam, mas ainda estavam engatinhando, foram acelerados em razão do isolamento social. Ideias que sairiam do papel daqui há 10 anos, já se tornaram realidade.
Os indivíduos, de maneira geral, como um todo têm consumido produtos digitais como nunca haviam antes. Reuniões de trabalho, aulas (em todos os níveis de ensino), negociações, happy hours, hoje ocorrem por meio de aplicativos de videoconferência, como Zoom, Teams ou Skype, entre outros. Simultaneamente, as ligações via WhatsApp ou Facetime têm se tornado corriqueiras.
Diante deste cenário, o primeiro setor beneficiado pela crise é o de telecomunicações, afinal sem infraestrutura de banda larga, a maioria das tecnologias utilizadas hoje diariamente seria inviável. Em outras palavras, toda crise gera oportunidades para alguns e obstáculos para outros.
Há sempre alguém ganhando na crise, funciona mais ou menos assim: se a carne está cara demais, as pessoas compram linguiça. Assim, o dono da boutique de carnes registra prejuízos durante a crise, ao passo que o vendedor de linguiça comemora seus lucros.
Ao aplicar esta constatação à realidade atual dos cinemas, por exemplo, fica claro que muitos espaços devem fechar em razão do isolamento social. Por outro lado, os aplicativos e sites de streaming, como Netflix, Youtube, Globo Play, Amazon Prime, entre outros, registram recordes de audiência, dia após dia.
Independentemente do momento de crise, o consumo de bens e serviços não cessa, o que ocorre é o redirecionamento do consumo, com a geração de novas oportunidades de mercado.
Este é também o caso das Fintechs, que ganharam espaço no mercado uma vez que o acesso às agências bancárias está limitado. O PicPay, por exemplo, registrou a marca de 20 milhões de usuários e seu crescimento foi notoriamente acelerado em razão do isolamento social, vez que o acesso às agências bancárias foi restringido. Do mesmo modo, com os bares e restaurantes fechados, os aplicativos de delivery como iFood, Shipp e Rappi se tornaram os queridinhos dos lares brasileiros.
Seguindo a tendência da digitalização dos serviços, o Hospital Sírio-Libanês de São Paulo lançou uma ferramenta de atendimento remoto, sendo assim, tornou-se pioneiro na implantação da Telemedicina no Brasil. A ferramenta promete diminuir o contágio dos profissionais de saúde, quebrar as barreiras físicas entre o paciente e o hospital e, ainda, aumentar exponencialmente o acesso à saúde.
A moral da história é que ou a empresa tem hoje um negócio que funciona online ou ela simplesmente não existe. Todos os segmentos estão migrando para as plataformas digitais e o caminho parece não ter volta. Saúde, educação, lazer, finanças, alimentação, vestuário, você escolhe. Tudo agora é digital.
Portanto, se sua empresa ainda não está surfando nesta nova onda, corra para adaptar-se e aprender tudo que puder sobre a nova Era Digital. Isso inclui conhecer as tecnologias disruptivas, as exigências da nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), entre outras demandas jurídicas digitais, e assegurar a cibersegurança. Estes são requisitos essenciais para garantir a sobrevivência e a competitividade dos seus negócios. Mãos à obra.

Editorias: Economia  Informática  Internet  Negócios  Serviços  
Tipo: Pauta  Data Publicação: 17/08/20
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