Artigo: Covid-19 e o isolamento social

Um artigo publicado em março na revista Science mudou a compreensão da pandemia provocada pelo coronavirus SARS-CoV2, o vírus respiratório emergente causador da Covid-19. Os autores, usando modelagem matemática e espacial, combinaram dados epidemiológicos (casos notificados), demográficos e de deslocamento (viagens por avião) para estimar a transmissibilidade do vírus, fornecendo um modelo explicativo fundamentado para a rápida transmissão da doença que, em três meses, atingiu todos os continentes. O estudo avaliou a transmissibilidade e a proporção de infecções não documentadas antes e depois da proibição de viagens com partida e/ou destino de Wuhan, e atualizou o conhecimento proveniente de estudos iniciais, que indicavam que a infecção era transmitida apenas por pessoas sintomáticas. Segundo os pesquisadores, mais da metade dos casos adquiriu a doença a partir de pessoas não sintomáticas. Isto explica a rápida disseminação da Covid-19, graficamente observada por uma linha que cresce exponencialmente no tempo, desenhando picos muito altos quando o vírus atinge uma nova localidade (cidade, estado, país).
O Brasil, até o momento, segue esta curva exponencial de crescimento: casos estimados e confirmados. A transmissão por assintomáticos explica também porque as medidas de supressão de deslocamentos e de quarentena modificam a forma da curva, com redução do pico. Em meio a tantas incertezas sobre a doença, há um consenso: devemos achatar a curva de novos casos, ou seja, ter menos pessoas afetadas em um curto período, para diminuir a pressão sobre o sistema de saúde. Se isso ocorrer, a epidemia vai durar mais tempo, mas teremos menos pessoas precisando de serviços de urgência em um curto intervalo de tempo e, portanto, mais possibilidade de oferecer a assistência adequada a quem, de fato, precisa.
No decorrer do tempo, as pessoas com quadros leves e moderados se curam, e, junto às assintomáticas, ficam imunes ao vírus: menos pessoas estarão suscetíveis e isso levará ao final da curva epidêmica. A publicação e análise comparativa dos dados de casos diagnosticados e óbitos, bem como das medidas de controle implementadas em outros países, principalmente China e Itália, mas também Espanha, Inglaterra e Alemanha justificam as medidas de afastamento social propostas pelo Ministério da Saúde, em implementação no Brasil. Esta é a principal medida que temos para conter a epidemia: isolar, evitar o contato social. Distanciamento social, isolamento e quarentena são medidas fundamentadas e cada vez mais restritivas para conter a Covid-19. Fiquemos em casa!
As medidas iniciais no Brasil foram de isolamento domiciliar para casos suspeitos e confirmados, a seguir, estendidas a casos prováveis (pessoas que tiveram contato com casos confirmados), ou possíveis (viagens a áreas de risco). Esta recomendação de isolamento domiciliar, com os primeiros casos identificados, se estendeu aos idosos, principal grupo de risco. No dia 20 de março, o Ministério da Saúde reconheceu a transmissão comunitária do vírus (quando o vírus circulando) em todo o território nacional. Este é o momento de aplicar o distanciamento social e isolamento domiciliar a todas as pessoas.
No Vale do Paraíba, Taubaté e São José dos Campos adotaram essas medidas. Se essas medidas são exageradas ou oportunas, o tempo dirá. No momento, com o conhecimento disponível, são medidas justificáveis para a proteção da população e melhor equilíbrio entre a oferta de leitos e a estimativa de casos graves. Os Governos terão o desafio de implementar medidas na área da saúde, garantindo a suficiência de equipamentos (testes diagnósticos, desde sorologias e testes de laboratório a exames de imagem; equipamentos de proteção individual para os profissionais), estrutura (organização da rede de atenção primária, com enfoque na medicina de família; leitos hospitalares e de UTI), treinamento, suporte e logística (como transporte) e pessoal, uma vez que os profissionais de saúde são, junto aos idosos, o principal grupo de risco para a doença.
*Paula Carnevale é especialista em Saúde Pública, doutora em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo, mestre em Infectologia pla Universidade Federal de São Paulo, onde também formou-se médica. Atualmente é coordenadora do curso de Medicina do câmpus São José dos Campos da Universidade Anhembi Morumbi.
A docente está disponível para entrevistas sobre o tema por meios digitais.
Sobre a Universidade Anhembi Morumbi
A Universidade Anhembi Morumbi é a primeira instituição internacional de ensino superior do Brasil. Desde 2005, faz parte da rede internacional de universidades Laureate, maior rede global de instituições de ensino superior, com mais de 850 mil estudantes matriculados em instituições nas modalidades presenciais e online.
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A Universidade Anhembi Morumbi possui laboratórios de última geração e diferenciais como a internacionalidade, já tendo enviado, desde 2006, milhares de alunos do Brasil para realização de cursos no exterior, além de receber centenas de estudantes estrangeiros em seus câmpus, que se tornaram locais multiculturais para o aprendizado.
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Editorias: Educação  Saúde  
Tipo: Pauta  Data Publicação: 23/04/20
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