O ano de 2019 marcou uma série de avanços nos exames e avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O órgão investiu em segurança, tecnologia e recursos de acessibilidade para garantir a melhor execução de todos os processos. E o sucesso foi coroado com recorde de estudantes impactados: 15,6 milhões de pessoas.
“Uma das prioridades do Inep é incentivar a qualidade da educação em todas as esferas. Nossa equipe técnica qualificada trabalha diariamente para cumprir a missão da autarquia federal e aprimorar os processos de avaliação da educação brasileira. Em 2019, contribuímos com o Ministério da Educação e o Governo Federal para o fortalecimento das políticas educacionais do País”, destacou o presidente do instituto, Alexandre Lopes.
A prova que exige maior investimento do órgão é o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que em 2019 teve mais de 5 milhões de inscritos.
“Quando o Inep assumiu o desafio de agregar mais inovação a um processo como o Enem, apostando em um sistema inovador do Governo Federal, foi por acreditar que é possível investir em uma lógica mais disruptiva no setor público, agregando componentes já utilizados em redes sociais e iniciativas do setor privado”, destaca Camilo Mussi, diretor de Tecnologia e Disseminação de Informações Educacionais do Inep.
A aplicação foi um sucesso. Em 3 novembro, 77% dos 5,1 milhões de inscritos fizeram as provas do Enem, maior percentual de presentes desde que o exame assumiu o formato atual, com dois dias de aplicação. Isso representou a participação de mais de 3,9 milhões de pessoas. No dia 10 de novembro, a presença também foi recorde para um segundo dia de provas: 73%, equivalente a 3,7 milhões de pessoas.
Já as provas do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2019 foram aplicadas em 1.063 municípios de todo o país e contaram com participação de mais de 390 mil estudantes, correspondente a 90% dos 435 mil estudantes habilitados.
“Trata-se de um esforço de avaliação em que a educação superior apresenta a sua face à sociedade, dizendo exatamente qual o nível de aprendizagem e a qualidade das estruturas acadêmicas oferecidas para a concretização da aprendizagem desses alunos”, explica Moaci Carneiro, diretor de Avaliação da Educação Superior do Inep.
A maior edição do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) teve aplicação de testes e questionários em 73 mil escolas, superando 7,1 milhões de estudantes. Participaram todas as escolas públicas declaradas no Censo Escolar de 2018, além de uma amostra de escolas privadas.
A educação infantil foi avaliada pela primeira vez, com a aplicação de questionários aos diretores e professores de uma amostra de creches e pré-escolas públicas ou conveniadas com o setor público, localizadas em zonas urbanas e rurais.
A edição de 2019 do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) também teve recorde de participantes presentes: 1,2 milhão, o que representa um aumento de 45% em relação à edição do ano passado. O exame visa aferir competências, habilidades e saberes de jovens e adultos que não concluíram o ensino fundamental ou o ensino médio na idade adequada.
“O Encceja é, portanto, o exame que permite que o cidadão brasileiro continue seus estudos e concorra a melhores vagas no mercado de trabalho”, explica Carlos Roberto Pinto de Souza, diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep.
Outro exame organizado pelo Inep é o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), ele teve duas edições em 2019: a primeira em maio e a segunda em outubro. Ao todo, foram mais de 11 mil inscritos. As provas foram aplicadas em 106 postos no Brasil e no exterior, na primeira edição, e em 107, na segunda.
As instituições de educação superior e os cursos de graduação brasileiros receberam, durante todo o ano, visita de comissões de especialistas para a avaliação in loco de suas estruturas e condições de oferta. Em 2019, foram finalizadas mais de 5 mil avaliações in loco de instituições de educação superior e cursos de graduação.
Maior estudo sobre educação do mundo, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) teve seus resultados mundiais divulgados em dezembro. Os dados apontam que o Brasil tem baixa proficiência em leitura, matemática e ciências, se comparado a outros 78 países que participaram da avaliação. O Inep foi responsável pela aplicação do Pisa para quase 11 mil alunos selecionados, de forma amostral.
A aplicação da quarta edição do Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Erce) foi realizada de 4 a 19 de novembro em todas as unidades da Federação. As provas e os questionários de fatores associados foram aplicados para mais de 10 mil estudantes do 4º e 7º ano do ensino fundamental.
Estes foram todos os exames aplicados pelo Inep ao longo do ano. Para o próximo ano, a grande expectativa pela realização do Enem digital e também para o uso de reconhecimento por imagem já no Encceja 2020 (https://encceja2020.inf.br/encceja-2020/amp/). Outras novidades devem ser divulgadas em breve.