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As muitas formas de esperança

Gilberto Aurélio Bordini (*)

“A esperança é a última que morre” é um dito popular que todos conhecemos e que neste tempo de pandemia persiste. Diante de tantas mortes (passamos de 300 mil), de uma situação deplorável do sistema de saúde, do aumento da pobreza e, com ela, da fome e do desemprego (vemos pessoas desesperadas sem dinheiro e sem ajuda, perdidas), nos parece difícil acreditar que a esperança exista. Achamos que a ela é algo que acontece quando está tudo bem, de vez em quando, aparece e torna a desaparecer. Esperançar parece uma ilusão, estamos cansados de esperar e nada acontecer, temos todos os motivos para não acreditar.

A esperança sempre foi uma exortação de Papas. João Paulo II, por exemplo, escreveu o livro “No Limiar da Esperança” diante de tantos problemas que a Igreja passava, ele acreditava em suas soluções. Já o Papa Bento XVI escreveu uma encíclica falando da esperança, que por ela fomos salvos. E o Papa Francisco, na exortação “A Alegria do Evangelho”, fala da alegria de viver no meio das pequenas coisas. No campo da filosofia, Gabriel Marcel falava que a esperança “é um pensamento objetivo”. Para Aristóteles a esperança “é o sonho do homem acordado”. E como não falar do mito de Pandora, aquele que ilustra bem: depois de todas as desgraças do mundo vem a esperança.

O brasileiro é conhecido mundialmente por ser alegre, descontraído, contagiante e esperançoso. Confia que tudo vai dar certo, que amanhã será um novo dia. E acredito que, por sermos cristãos, confiamos em uma esperança que ultrapassa a realidade. Para este povo ela toma a forma de uma vacina que irá trazer segurança, ou a forma de pessoas que trabalham incansavelmente (como os profissionais da saúde) para nos dar alento, ou ainda a forma da solidariedade que nos mostra uma força para seguir o caminho. Tem a forma da ciência, iluminada pela inteligência e que faz descobrir novas perspectivas. E ela vem também na forma de um otimismo singular que só o brasileiro possui. Por isso, a esperança não morre, nem está escondida no fundo de uma caixa, ela é uma tendência que almejamos, um antídoto que cura contra o pessimismo e a desesperança. Ela e suas formas de se manifestar nos fazem acreditar que tudo vai passar.

Editorias: Ciência e Tecnologia  Educação  Religião e Espiritualidade  Saúde  Sociedade  
Tipo: Artigo  Data Publicação:

 
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