Especialistas alertam: Os principais efeitos adversos dos hipnóticos, como o zolpidem são alucinações e comportamentos agressivos
Considerada uma epidemia mundial e atualmente classificada pelos especialistas como corona-insônia, ou seja, dificuldade para dormir em tempos de pandemia, a privação de sono tem contribuído para o uso abusivo de remédios para dormir.
Especialistas da Associação Brasileira do Sono fazem um aleta importante sobre as reações adversas que alguns medicamentos podem causar ao paciente, colocando até mesmo sua vida em risco. O alerta se dá principalmente ao hipnótico mais procurado por aqueles que sofrem de insônia: o zolpidem. “Embora esse medicamento apresente menor risco de tolerância e dependência, se for usado de forma contínua e abusiva, pode apresentar riscos, como alucinações, agitação e até comportamentos agressivos”, alerta a médica neurologista Dra. Márcia Assis, diretora da Associação Brasileira do Sono.
A médica ressalta que, ao buscar esse tipo de tratamento, o paciente deve tomar os seguintes principais cuidados:
- Seguir rigorosamente a prescrição médica;
- Jamais associar seu uso ao consumo de bebida alcoólica;
- Tomar o medicamento antes de ir para a cama para evitar acidentes.
Outra recomendação é usar a medicação no horário de dormir, isto é, utilizar a medicação e deitar imediatamente. “O uso inadequado da medicação, como ingerir e permanecer realizando as tarefas da casa ou qualquer outra atividade pode causar situações de risco como quedas, além de amnésia das atividades realizadas antes de adormecer”, adverte a médica.
A medicação também foi associada a comportamentos anormais que podem variar desde andar pela casa, alimentar-se como até comportamentos bizarros e agressivos que podem levar a ferimentos tanto para a pessoa que fez uso da medicação quanto para as demais pessoas da casa.
Vale ressaltar que o hipnótico faz um efeito rápido, porém tem meia vida curta, o que acaba levando o paciente a abusar das dosagens para obter efeitos mais duradouros.
“O ideal é usar com a menor frequência possível e por curto período e, em caso de qualquer comportamento anormal é necessário que o médico seja comunicado o mais breve possível”, ressalta a médica.
Tratamento não-farmacológico da insônia
Um dos grandes desafios dos especialistas que tratam da insônia tem sido em relação à retirada desses medicamentos que causam dependência ou efeitos adversos ao paciente.
“É preciso uma abordagem não-farmacológica de auxílio. Atualmente, a TCCI (Terapia Cognitivo-Comportamental para insônia) tem sido a mais adotada pelos especialistas. Um trabalho que deve ser realizado em conjunto entre médicos do sono e psicólogos do sono”, afirma a psicóloga do Sono Sílvia Conway, diretora da Associação Brasileira do Sono.
Ela ressalta que a melhora da qualidade de sono pode sempre ser atingida com as mudanças de hábitos e de estilo de vida. “A melhor opção é procurar o especialista em Sono para entender quais os fatores que estão levando as queixas de sono”, reforça a psicóloga.
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