As simpatias são dos rituais mais antigos que existem. Podemos constatar várias delas em diversas histórias tribais de diversos povos, contos que passam de geração para geração. Há, inclusive, contos de fadas obscuros que demonstram que elas funcionam para além de pequenos feitiços, como ritos de passagem.

Ficam vários exemplos de simpatias:

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Um exemplo é o conto russo “Vasalisa, a sábia”, no qual a pequena heroína Vasalisa cai em uma armação de sua madrasta e irmãs e entra em uma floresta escura para buscar fogo.

Nessa jornada, ela conta com uma pequena boneca em seu bolso, que fora dada por sua mãe pouco antes de falecer. No conto, sempre que Vasalisa está em perigo, ela segura a boneca com bastante força e pensa em sua mãe.

É assim que a boneca mágica garante que a menina volte para casa sã e salva, para, no fim, o fogo trazido por Vasalisa, também encantado, destruir por conta própria a madrasta e as irmãs que empurraram a menina para a floresta escura.

Essa história foi narrada no livro Mulheres que correm com lobos, um clássico da psicologia junguiana escrito por Clarissa Pínkola Estés, PhD em psicologia étnico-clínica pelo Union Institute & University (Cincinnati, EUA).

Contar com a ajuda da boneca mágica e evocar a figura de sua mãe foi fundamental para que a garota completasse sua quase impossível tarefa, mesmo sozinha.

É assim também com muitos de nós, que, diante de situações que estão além de nosso controle, recorremos a simpatias, bruxedos simples que sejam capazes de reunir, com um ponto focal, toda a nossa energia para atingir um objetivo.

Dessa forma, nosso desejo, que antes estava disperso, pode ser manifestado e interferir em nossa realidade, transformando-a em nosso favor.

fonte: https://banhosfortes.com