Construção urbana mais antiga da cidade, a Igreja de Santa Rita mantém a arquitetura original desde a sua inauguração, em 1728, e abriga a imagem da \"Santa das Causas Impossíveis\". A igreja mais parece uma capela, bem no centro histórico da Estância Turística de Itu.
Os ituanos a louvam com muito fervor, especialmente com a Procissão das Rosas realizada todos os dias 22 de maio de cada ano, dia que Santa Rita morreu. É uma comemoração que se tornou ao longo do tempo uma das maiores manifestações de fé na cidade. Este ano, não será realizada em função da pandemia que assola o país.
Inicialmente, foi uma capela de pau a pique, ao redor da qual tropeiros com suas cargas se concentravam e pediam proteção à Santa Rita para suas viagens.
Tradição
A confiança do povo religioso nas virtudes da Santa explica o costume de se enfeitar a sua imagem com rosas, figos, cachos de uvas e abelhas. A Igreja, para perpetuar o milagre das rosas, aprovou a bênção das rosas que se faz no dia da Festa ou no dia 22 de cada mês, para alívio dos enfermos.
Santa Rita ou Santa dos Impossíveis nasceu em Rocca Porena, perto da pequena cidade de Cássia na Itália, na região da Umbria, em 22 de Maio de 1381. Seus pais foram Antônio Lotti, de Rocca Porena e Amata Ferri, de Fogliano. Foi batizada com o nome de Margarida (Margherita em italiano).
O fim de sua história entre nós aconteceu com a morte aos 76 anos de idade e 40 de vida religiosa. Faleceu na cidade de Cássia, na Itália, no velho Convento das Agostinianas, no dia 22 de maio de 1457, depois de ter recebido com muita piedade os últimos sacramentos.
Neste momento, mãos invisíveis tocaram os sinos do convento e da vila de Cássia, entoando um hino triunfal das esposas eternas, convidando a comunidade para fazer um coro na glorificação da alma daquela que viveu e morreu na santidade… A morte de Rita foi acompanhada de muitos milagres.
Centenas de pessoas compareceram ao convento para ver a “Santa”, cujo cadáver ficou em exposição além do tempo legal. As freiras trataram de sepultar o corpo da Santa, mas eis que a providência de Deus fez com que em toda a cidade não se achasse mais que um carpinteiro, e este tão doente que estava não podia pegar nas ferramentas. Que a Santa me cure-disse ele e eu farei o caixão.
De fato, Francesco Barbari sentiu-se repentinamente curado e cumpriu a sua promessa. As irmãs entoavam hinos de agradecimento a Deus por ter exaltado no céu e na terra sua serva. Rita foi venerada como santa, imediatamente após a sua morte, como atestam o sarcófago e o Codéx Miraculorum, documentos de 1457 e 1462. Seus ossos, desde 18 de maio de 1947, repousam no Santuário, na urna de prata e cristal fabricada em 1930.
Em 2020 fazem 563 anos do seu falecimento e o poder de Deus ainda conserva seu corpo. As vestes que lhe serviam de mortalha estão tão perfeitas como no dia em que a envolveram.
Recentes exames médicos afirmam que sobre a testa, à esquerda, existem traços de uma ferida óssea (osteomielite). O pé direito apresenta sinais de uma doença sofrida nos últimos anos de vida, talvez uma inflamação no nervo ciático.
Sua altura era de 1,57m. O rosto, as mãos e os pés estão mumificados, enquanto que sob o hábito de religiosa agostiniana existe, intacto, o seu esqueleto. O culto à bem aventurada da vila de Cássia rapidamente se estendeu pela Itália, Portugal e Espanha, onde devido aos milagres obtidos, por sua intercessão, o povo lhe deu o nome de Santa das causas impossíveis.
O papa UrbanoVIII, então bispo da cidade de Espoleto, a cuja diocese pertence Cássia, presenciou vários milagres e logo após a morte de Rita deu início ao processo de beatificação. Em 1627 aprovou a reza e missa em honra da Santa.
Muitos contratempos fizeram com que se protelasse a canonização, que só aos 24 de maio de 1900 se realizou sob o Pontificado de Leão XIII. Contudo, já em 1577 se erguia em Cássia uma igreja à Santa das causas desesperadas e impossíveis.
O fim de sua história entre nós aconteceu com a morte aos 76 anos de idade e 40 de vida religiosa. Faleceu na cidade de Cássia, na Itália, no velho Convento das Agostinianas, no dia 22 de maio de 1457, depois de ter recebido com muita piedade os últimos sacramentos.
Neste momento, mãos invisíveis tangeram os sinos do convento e da vila de Cássia, entoando um hino triunfal das esposas eternas, convidando a comunidade para fazer um coro na glorificação da alma daquela que viveu e morreu na santidade… A morte de Rita foi acompanhada de muitos milagres.
Centenas de pessoas compareceram ao convento para ver a “Santa”, cujo cadáver ficou em exposição além do tempo legal. As freiras trataram de sepultar o corpo da Santa, mas eis que a providência de Deus fez com que em toda a cidade não se achasse mais que um carpinteiro, e este tão doente que estava não podia pegar nas ferramentas. –Que a Santa me cure-disse ele-, e eu farei o caixão.
De fato, Francesco Barbari sentiu-se repentinamente curado e cumpriu a sua promessa. As irmãs entoavam hinos de agradecimento a Deus por ter exaltado no céu e na terra sua serva. Rita foi venerada como santa imediatamente após a sua morte, como atestam o sarcófago e o Codéx Miraculorum, documentos de 1457 e 1462. Seus ossos, desde 18 de maio de 1947, repousam no Santuário, na urna de prata e cristal fabricada em 1930.
Santa Rita e seus milagres
No início da vida de Rita, com seus feitos milagrosos, contam uma história muito interessante que, mesmo não sendo confirmada efetivamente, esta representada em tela pintada entre os anos 1457 e 1480.
A história é a seguinte: seus pais, ocupados com o trabalho da colheita, levaram a menina para o campo e a colocou, a sombra de uma árvore, numa cesta.
De repente, um dos ceifeiros que tinha machucado um braço e estava perdendo muito sangue, correu para o rio, a fim de se levar e, por pouco, não derrubou a cesta em que estava a pequena Rita. O homem parou, preocupado e, olhando para a menininha, notou que o berço se transformara numa colméia, onde um enxame de abelhas brancas zumbia ao pousarem nas orelhas e se enfiarem entre os cabelos da menina.
Amedrontado, o ceifeiro ergueu o braço para espantar os insetos, e o fez com o braço machucado. Quando se deu conta, da ferida não saia mais sangue, pois estava totalmente cicatrizada. Então se pôs de joelhos para agradecer a Deus; e o fato milagroso espalhou-se por toda a parte.
Atualmente, as órfãs que moram perto do Santuário, em Cássia, são chamadas de abelhinhas de Santa Rita.
Outro fato narrado como real foi que Rita era meiga e reflexiva. Aprendeu a ler e escrever com os religiosos de seu tempo, revelando uma exemplar fidelidade ao ensino religioso.
Às vezes, ia com seus pais para Cássia, cidade próxima aquela em que residiam, a fim de participar de cerimônias religiosas, mais solenes, ouvir célebres pregadores, confessar-se e, até, para visitar os dois conventos das Irmãs Agostinianas: Santa Maria Madalena e Santa Luzia.
Comovida, ao pensar no amor verdadeiro que unia seus pais por tantos anos e, também, no amor que ambos nutriam por ela, aceitou casar-se, aos 14 anos, seguindo a vontade de sua família.
Santa Rita no Brasil
O Brasil passou a venerar a Santa com a construção da atual matriz de Santa Rita da Arquidiocese do Rio de Janeiro em 1724. Além desta, quase todas as cidades do País tem igrejas dedicadas a Santa Rita, provando a grande veneração que o povo católico brasileiro tem por ela.
Santa Rita em Itu
A construção da Igreja de Santa Rita em Itu e a demonstração concreta da devoção do povo, que se curva até hoje, respeitosamente, diante da imagem de Santa Rita, com profundo afeto e acentuada confiança na Santa dos Impossíveis.
As procissões, no dia da festa anual da Santa, nos últimos anos, contaram com, aproximadamente, 20 mil participantes.
De acordo com o historiador ituano Francisco Nardy Filho, em 1726, com provisão do Bispo do Rio de Janeiro, D. Frei Antonio de Guadalupe, o Sr. Mathias de Mello Rego e outros devotos ergueram, nas proximidades da Vila de Itu, uma pequena Capela dedicada a Santa Rita, ocorrendo o respectivo benzimento e inauguração, em 1728, a quatro de abril, antes mesmo da canonização da Santa.
Essa Capela foi conservada, aproximadamente, por cem anos, passando, apenas, por pequenos reparos, até que uma pessoa muito piedosa, procurou fazer todas as obras que eram necessárias, por volta de 1859 como o restauro do retábulo, área acima do altar, e o douramento do próprio altar-mor, com a indispensável colaboração dos devotos.
Normalmente, à época, como regra geral, celebrava-se missa todos os dias, graças à dedicação do Padre Joaquim Feliciano Costa, ajudado pelo pai. Vindo a falecer em 1863, o citado Padre, foi substituído por outro piedoso ituano, inclusive contando com o auxilio de diversos zeladores.
Os diversos zeladores com que a Capela contou zelaram dedicadamente por ela, fazendo diversos melhoramentos. Porém, de qualquer forma, algo ainda precisava ser feito e, então, em 1865, o Padre João Paulo Xavier, recorreu à generosidade dos conterrâneos, até conseguir a importância de que precisava e fez as reformas necessárias restaurando o coro, o campanário e o frontespício.
Além da imagem de Santa Rita, existem na Capela, duas outras belas imagens, uma de São Sebastião e a outra de São Roque, que, também, são muito veneradas pelo povo católico de Itu. Devendo ser destacado que essas imagens foram adquiridas com esmolas decorrentes de votos feitos pelo povo por ocasião das epidemias de febre amarela que assolaram a cidade de Itu, entre 1892 e 1897.
Efetivamente, a procissão em homenagem à Santa Rita tem enorme número de participantes. Desde 1995, o evento faz parte do calendário turístico e cultural da Estância Turística de Itu. Nas festividades também se incluem leilões, quermesse, novena e a tradicional procissão.
Igreja de Santa Rita em Itu
Endereço: Rua Santa Rita, s/n.
Telefone: (11) 4023-7343
Fotos - na matéria no site http://www.grandeitu.com.br
Foto 1 - Igreja de Santa Rita na Estância Turística de Itu
Foto 2 - Procissão de Santa Rita
Foto 3 - Imagem de Santa Rita
Foto 4 - Igreja de Santa Rita - Altar Mor
Vídeo - Procissão de Santa Rita
Link: https://www.youtube.com/watch?v=e5OZwBCf37I
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Raul Machado Carvalho – Editor
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