Quando um paciente fica sabendo que vai precisar uma prótese de quadril, pergunta logo se não há perigo de rejeição ou se um movimento mais brusco não pode deslocar a prótese. A pergunta é tão comum, que a Sociedade Brasileira de Quadril – SBQ – montou um Talk Show com especialistas para explicar que é muito raro haver qualquer complicação após o implante de prótese e mesmo quando acontece, o problema pode ser resolvido, muitas vezes sem necessidade de nova cirurgia.
A discussão sobre complicações após o implante de prótese pode ser assistida às 19h30 horas de amanhã, dia 1º, no YouTube da SBQ: https://www.youtube.com/channel/UChr3LxX_KG6KlBP1RAduK0A. O evento será conduzido por Walter Ricioli Júnior, da Santa Casa de São Paulo. Os debatedores serão dois cirurgiões especializados da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Celso Picado e Flávio Garcia.
Os médicos vão explicar que a colocação de uma prótese, artroplastia total do quadril na linguagem especializada, é uma das operações mais seguras e que sempre foi muito raro haver complicações. Ricioli adianta que, nos anos recentes, a evolução das técnicas cirúrgicas, dos novos materiais usados nas próteses e a grande experiência dos médicos brasileiros, que fazem dezenas de milhares de cirurgias do tipo a cada ano, tornou mais rara ainda as complicações.
O avanço da Medicina no setor é tão grande que um estudo da Universidade de Bristol comprovou que 60% das próteses de quadril não necessitam de revisão durante pelo menos 25 anos. No Brasil, diz Ricioli, “existem casos de próteses com 30 anos de duração”. O responsável pela pesquisa, Jonathan Evans, da Bristol Medical School, confirma que as artroplastias totais de quadril e também de joelho são as cirurgias mais comuns do National Health Service, serviço público de Saúde da Inglaterra.
Ainda segundo o estudo, Inglaterra e País de Gales realizam por ano 200 mil artroplastias e quadril ou joelho, em pacientes preponderantemente de 60 a 80 anos. No Brasil, entretanto, há pacientes bem mais idosos sendo operados com sucesso, e em Manaus e no Paraná, pelo menos, já houve cirurgias bem sucedidas com pacientes com mais de 100 anos.