Por Rafael Rodrigues
As consequências da expansão digital são variadas, e o impacto em setores específicos do universo varejista reflete a importância de se aprofundar no tema
É quase unanimidade que o avanço tecnológico tem ditado a forma como conduzimos nosso cotidiano. No âmbito empresarial não poderia ser diferente. Organizações de diversos segmentos possuem a necessidade de implementar preceitos básicos da Transformação Digital, e no meio do varejo, essa questão tem demonstrado cada vez mais urgência. Nesse sentido, é praticamente impossível discutir o futuro do varejo nacional sem considerar a tecnologia como fator preponderante.
Em termos de produtividade, soluções automatizadas surgem como válvulas capazes de simplificar processos e otimizar modelos de gestão. A relação com os clientes também ocupa um espaço de clara mudança de abordagem, ferramentas de aproximação e interatividade elevaram o nível de exigência do público consumidor. Esses são alguns dos exemplos que simbolizam uma nova mentalidade de mercado, produção e transmissão de conteúdo. Não basta oferecer um ótimo produto ou serviço, trata-se de ir além. E a adoção de medidas inovadoras conversa diretamente com essa noção de adaptação à era tecnológica.
O varejo segundo a internet
Um produto ou serviço de qualidade. Em outros tempos, possuir um desses aditivos poderia ser o maior fio condutor para o sucesso de um negócio. Isso tem evoluído com o passar dos anos e, ultimamente, o consumidor passou a demonstrar uma conduta muito mais dinâmica e complexa. As redes sociais impulsionaram o acesso à informação sobre marcas e empresas, lançando ao usuário uma quantidade absurda de materiais promocionais e propagandas dos mais diferentes formatos, todos os dias e em todas as plataformas.
Mais do que a renovação publicitária e adequação aos novos veículos de comunicação, a reinvenção é profunda e precisa habitar o vocabulário dos que comandam o negócio, dessa forma, departamentos e colaboradores poderão aproveitar de um espaço propício ao crescimento através do componente facilitador que a tecnologia representa.
Foco na experiência do cliente
Como se destacar entre milhares de anúncios e propostas de comércio? A realidade tecnológica favorece a criatividade do setor varejista. Dados levantados recentemente pela pesquisa “High Tech Retail” indicaram que cerca de 80% dos consumidores enxergam a presença da tecnologia como um diferencial na hora de realizar uma compra.
Customer Experience. Esse é um termo utilizado com frequência por quem busca transformar a jornada de fidelização dos consumidores. Ter a sensibilidade de reconhecer que mesmo com uma persona previamente estabelecida, ainda é necessário considerar as particularidades e os anseios dos que procuram soluções e um atendimento diferenciado. Cada etapa é uma oportunidade de angariar a atenção de um cliente em potencial.
Soluções tecnológicas estão em constante aprimoramento, e gradualmente, provocam benefícios indispensáveis par ao mercado de varejo.
Gestão flexibilizada e processos otimizados
A implementação de ERPs (Sistemas de gestão empresarial) e ferramentas de BI (Business Intelligence) são dois dos maiores referenciais nessa correlação entre varejo e tecnologia. O primeiro, como método de gerenciamento automatizado, favorece à criação de uma cultura organizacional sólida e eficaz, reduzindo custos e maximizando a obtenção de resultados. A solução de BI, por sua vez, utiliza de insumos obtidos através da análise de dados para proporcionar um modelo de negócio assertivo, em plena harmonia com o que se espera do cenário fiscal.
Desmistificar o papel da tecnologia em relação ao futuro do varejo é um objetivo que deveria ser compartilhado pelos principais agentes do segmento. Por exemplo, uma projeção recente encomendada pela Microsoft colocou a Inteligência Artificial (IA) como estímulo para a criação de 26 milhões de novos empregos no Brasil até 2030. E uma das áreas mais impactadas foi a do comércio varejista, com um aumento de 44%.
O que essas soluções têm em comum? Todas funcionam como propulsores para o que ainda permanece como o fator mais importante desse processo: as pessoas. Equilibrar e valorizar os componentes de um negócio inovador é o primeiro passo para extrair o que há de mais vantajoso desse fenômeno digital.
E você? Sente que seu varejo está em plena sintonia com os benefícios tecnológicos?
*Rafael Rodrigues é Country Manager da CECOP Brasil, maior comunidade de óticas independentes do mundo, graduado em Publicidade e Propaganda pela FAAP, com especialização em Economia pela FIA e MBA em Gestão de Negócios e Inovação pela BI International.
Sobre a CECOP
A CECOP é a maior comunidade de óticas independentes do mundo, com 4.500 lojas associadas e a visão de ser um dos agentes transformadores do modelo tradicional do varejo no setor. Com sede na Espanha e 20 anos de existência, a empresa está presente em 9 países: Brasil, Espanha, Portugal, Itália, Inglaterra, Irlanda, Colômbia, México e Estados Unidos. No Brasil, a CECOP possui mais de 1.200 óticas integradas que, juntas, vendem ao consumidor aproximadamente R$ 1 bilhão por ano. Através de um formato inovador no conceito de comunidades e economia compartilhada, o modelo da empresa tem como objetivo entregar ferramentas e soluções que tornem o empresário cada vez mais competitivo, sustentável e lucrativo, ao mesmo tempo que respeita a liberdade e independência que um empreendedor possui sobre seu próprio negócio.