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A febre é uma das queixas mais comuns nos atendimentos pediátricos, correspondendo entre 20% e 30% das queixas em consultas e cerca de 65% das queixas no pronto atendimento. No entanto, ela não é uma doença e sim um sintoma.
A Dra. Letícia Alves Silva, pediatra no Hospital Santa Clara, esclarece sobre a febre “Ela é uma manifestação fisiológica do organismo a uma agressão, podendo ser decorrente de um quadro viral ou bacteriano. Ela aumenta o metabolismo do corpo e a imunidade, já que induz a produção de anticorpos e glóbulos brancos visando defender, dificultar e inibir a multiplicação dos agentes agressores. É considerado febre temperatura axilar igual ou superior a 37,8. Abaixo de 37,8 não é febre, é o que chamamos de “estado febril” e nessas ocasiões não é necessário usar antitérmicos, é possível somente dar um banho morno na criança”, concluiu a Dra. Letícia.
O antitérmico pode ser usado para diminuir a febre, o que irá melhorar o incômodo e mal-estar gerado nas crianças. Mas lembre-se que diminuir a febre não significa tratar a doença e não garante que a ela não irá retornar.
Confira algumas situações que requerem alerta de acordo com a pediatra.
Febre em recém-nascidos.
Bebês menores de 3 meses com Temperatura maior que 38° ou menor que 35,5°.
Febre acompanhada de abatimento, sonolência, confusão ou queda do estado geral e febre conjunta a vômitos e fortes dores de cabeça.
Febre persistente por mais de 72 horas.
Mas lembre-se sempre que:
Febre não é doença e sim um sintoma.
Antibiótico não trata febre.
Não use antitérmicos fora de horário.
Não há necessidade e nem indicação de usar antitérmicos antes das vacinas.
O objetivo dos antitérmicos é trazer conforto para a criança.
Usar álcool no banho não é recomendado.
“Os pais devem observar a criança, intensificar a hidratação e manter atenção aos sinais de gravidade. Vale lembrar que orientações não substituem a consulta e avaliação médica, o pediatra deve sempre tratar a causa da febre.”, finaliza Dra. Letícia.