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Silvana Santos |
Caramelo, doce de leite avelã e canela são inspirações para os tons de cabelo
Quem disse que os sabores da gastronomia não temperam os cabelos? A cabeleireira Silvana Santos, que acaba de chegar de dois cursos de atualização em cortes e cores para cabelos nas maiores academias europeias, diz que os estilistas da França e Alemanha apostam em duas frentes: as cores inspiradas na culinária e a valorização do cabelo natural.
“A tendência para cabelos não é radicalizar. Os etilistas mais respeitados no mundo opinam que a moda é o cabelo natural, seja ondulado, liso ou crespo, e o papel do cabeleireiro é valorizar os detalhes naturais”, explica Silvana Santos. Além disso, estão em alta os tons amarronzados e suas variações entre o caramelo, a avelã, a canela e o doce de leite. “São tons que caem muito bem tanto na mulher europeia quanto na brasileira de pele tonalizada pelo sol do clima tropical. Sem contar que são cores vibrantes e aconchegantes”. E como toda regra tem exceções, o louro frio continua em alta para as brasileiras. Segundo Silvana Santos, o platinado já faz parte da cultura local.
Segundo ela, as academias Vidal Sasson e Tony Guy não indicam uma regra marcante como em estações anteriores que valorizavam o liso, os fios compridos, ou, como aconteceu nos grandes momentos da história, com o Chanel, por exemplo. “A moda aposta no estilo livre. O papel do profissional, além da habilidade com as tesouras, é, antes de tudo, ter a habilidade da leitura do perfil do cliente que está na cadeira”, diz.
Corte, coloração e penteados devem responder ao estilo de cada pessoa, que pode ir do mais clássico ao mais despojado. Lisos, cacheados, enrolados, crespos, ondulados, mistos, curtos, médios ou longos estão todos na moda. A diferença está no uso de cores, tons e cortes que valorizem não apenas os detalhes do rosto, como olhos, bochechas, bocas, mas evidenciem o estilo de vida de cada pessoa. “Esta linha valoriza o visagista, o profissional que lê o cliente em detalhes – desde sua profissão até seu estilo ao falar. São detalhes que serão traduzidos em uma mecha, ou na franja e que, ao final, farão toda a diferença”, comenta Silvana.
Mas como as academias não podem deixar de dar seus toques, a Vidal Sasoon, por exemplo, continua valorizando as franjas bem marcadas. E os embaixadores das duas academias europeias apostam nos curtos até os ombros.
“Em moda, seja vestuário, acessórios cores ou cabelos, a regra é estar bem, mas não é por acaso que as escolas recebem as referências mundiais em cabelo. Daí, a tendência apontada na Europa com certeza cairá bem nas brasileiras”, conclui Silvana Santos.