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Foto por Marcio Mascaretti |
Uma das maiores ameaças do isolamento social causado pelo COVID 19 no mundo é o desencadeamento de problemas psicológicos e mentais. O ser humano é uma espécie que a milhares de anos vive em sociedade e isso gera necessidades na rotina diária.
Durante sua juventude, Gad Adler estudou com os monges religiosos em um mosteiro em Israel, cujos membros mais velhos abdicam até mesmo de eletricidade e tecnologias atuais.
Em um artigo escrito para seu site intitulado, “O Que Aprendi na Quarentena,” Adler elenca alguns tópicos que ajudaram na sua auto-reflexão do realmente precisamos para sobreviver.
Os tópicos são divididos em “O Medo, O Egoísmo, O Isolamento, A Coragem”, apresentando uma nova visão do comportamento humano diante de uma nova ameaça.
\"Na verdade, o isolamento social apresentou uma nova maneira de se enxergar a socialização das pessoas. Por exemplo, muitos hábitos simples diários eram egoístas de nossa parte, como quando houve o fechamento do comércio e certas pessoas que possuem sua estabilidade material e empregatícia intacta e não pensa em uma solução as pessoas que estão sendo afetadas nesse momento. Elas acabam pensando somente no lado delas e não nos indivíduos que foram impactados. Isso é a prática do egoísmo diário ao longo destes anos e agora devemos pensar como a sociedade encaixará estas mudanças de pensamento que poderão regenerar a civilização humana.
Gad ainda fala sobre os desentendimentos nos lares de muitos brasileiros durante a quarentena.
“ Antes da quarentena as pessoas viviam na mesma casa somente no aspecto físico, mas mal se falavam, estavam com seus olhos fixados em celulares, televisores e não tinham uma comunicação. Essa relação escancarou quando todos foram obrigados a ficar meses juntos e em vários casos extremos houve violência. Na verdade, essas famílias, casais, ou amigos, nunca estiveram juntos. Eram como estranhos que viviam em uma pensão e chega a hora de ajustar relações.”
O governo de São Paulo firmou recentemente que a normalidade só será possível quando houver uma vacinação da população e isso só ocorrerá por volta do fim do ano ou no próximo.
Em quanto as vacinas seguem em testes, algumas atividades só retornarão em parcialidade e isso assusta a maioria das pessoas que não consegue nem mesmo visitar amigos e parentes.
“Não há dúvidas que teremos o ano de 2020 lembrado como algo que mudou a história do mundo e claro, haverá sequelas psicológicas, traumas e muito trabalho nesses campos.”
Em Israel Gad Adler vivenciou de criança até sua idade adulta, diversos conflitos na região que custaram a vida de milhares de pessoas e ainda gera polêmica e essa experiência ajuda a vencer a ansiedade diária.
“Quando se cresce em uma zona de guerra onde sirenes tocam por disparo de misseis e do nada você que estava bebendo com amigos, brincado na rua e deve entrar em um cubículo blindado até tudo passar, isso te prepara para a vida. A diferença é que lidamos com um inimigo invisível que pode te atacar com um aperto de mão. É necessário parar o que está fazendo, refletir, pensar em engolir o medo, a ansiedade, ter compaixão e principalmente, coragem para amparar as pessoas mais baladas. Haverá um fim, mas até lá precisamos de força para atravessar essa adversidade.”
O número de mortos e infectados na capital paulista vem caindo, mas o governo cobra a colaboração das pessoas mais esforços para tentar conter a pandemia, que ainda não acabou.
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Gad Adler - Melhor Maneira Palestras
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