A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apresentou recentemente estudo sobre mobilidade social que traz o Brasil como segundo pior colocado em lista que contempla 30 países. A pesquisa “O elevador social está quebrado? Como promover mobilidade social” aponta que seriam necessárias nove gerações para que os descendentes de um brasileiro entre os 10% mais pobres atingissem o nível médio de rendimento do país.


“Esse estudo mais uma vez reitera o que todos nós já sabemos: a falta de acesso à educação de qualidade trava a mobilidade social e a promoção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Com o Programa Formare promovemos o acesso à qualificação profissional de forma inovadora para jovens de baixa renda a partir de parcerias com a iniciativa privada. É um programa de grande importância e valor tanto para jovens que buscam uma melhoria de vida como para as empresas, que proporcionam oportunidades únicas de mobilidade social, promovem empoderamento individual e trazem perspectivas de um futuro mais digno e honesto para os jovens”, relata Claudio Anjos, diretor-executivo da Fundação Iochpe, entidade responsável pelo Formare, programa social de educação profissional para jovens de baixa renda.


Hoje o Programa Formare conta com cerca de 1.400 alunos em formação, 43 empresas parceiras e 70 unidades no Brasil e no México. Em 30 anos, o Formare já qualificou mais de 22 mil jovens para o mercado de trabalho, atingindo índice médio de empregabilidade de 80% dos alunos. A Suzano, maior empresa de papel e celulose do mundo, mantém parceria com a Fundação Iochpe por meio do Programa Formare há 13 anos. Dos mais de 500 jovens que passaram por diversas unidades da empresa nesse período, 73% estão atualmente empregados, sendo 42% na própria Suzano. Na fábrica de Jundiaí (SP) da Siemens, a empresa reteve 100% dos alunos do Formare da turma de 2017 e tem planos para contratar todos os jovens da turma deste ano.


“Promover o acesso à qualificação profissional de qualidade para todos não deve ser uma exclusividade de iniciativas pontuais ou programas consolidados. É um dever público e privado olhar para os jovens como o futuro de uma nação. A carência do Brasil nesse setor está nitidamente retratada no estudo da OCDE e pode se agravar ainda mais se nada for feito. Precisamos que mais líderes e gestores da iniciativa privada assumam papel de protagonistas dessa mudança junto conosco e entendam que toda essa problemática só se resolve com participação de todos nós”, acrescenta Anjos.


:: Sobre o Formare


O Formare é um programa inovador desenvolvido pela Fundação Iochpe em parceria com empresas de médio e grande portes que oferece cursos de formação inicial para o mercado de trabalho a turmas de, em média, 20 jovens de famílias de baixa renda residentes no entorno das empresas.


Os cursos são realizados em período integral dentro das empresas por funcionários que atuam como educadores voluntários. A empresa é transformada em um ambiente de aprendizagem e qualificação profissional contínuas, tanto para os colaboradores como para os estudantes beneficiados.


Os cursos, com duração de, no mínimo, 800 horas/aula, são desenvolvidos pela equipe pedagógica do Formare de acordo com as características de cada empresa e a realidade do mercado de trabalho local. No modelo Social, eles são certificados pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), com chancela do Ministério da Educação. No modelo Aprendiz o programa segue os parâmetros do Ministério do Trabalho.


:: Números Formare
Unidades: 70 | Empresas parceiras: 43 | Alunos em formação: 1.360 Educadores voluntários atuando: 5.000 | Cobertura nacional: 50 municípios em 13 Estados do Brasil | Duas unidades no México


Ricardo Morato

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