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Rap, poesia, empoderamento e sustentabilidade foram destaques no sexto dia da 19ª Feira Nacional do Livro
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Rap, poesia, empoderamento e sustentabilidade foram destaques no sexto dia da 19ª Feira Nacional do Livro
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O Projeto Combinando Palavras promoveu encontros de estudantes com o rapper Renan Inquérito e a escritora Estrela Leminski. A noite terminou com a conferência da ativista Djamila Ribeiro, no Theatro Pedro II e apresentação da Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais, no RibeirãoShopping

Ribeirão Preto (SP) – 15 de junho de 2019 – A batida firme do rap e as letras carregadas de contestação e críticas sociais da poesia urbana marcaram a manhã da última sexta-feira (14), no encontro do rapper Renan Inquérito com os alunos da Etec José Martimiano da Silva, no Teatro Municipal de Ribeirão Preto, dentro do projeto Combinando Palavras, da 19ª Feira Nacional do Livro. Durante quase duas horas, estudantes do ensino médio da escola técnica mostraram ao autor as adaptações e interpretações que fizeram de suas obras. Thiago da Nóbrega Prata, de 16 anos, foi um deles. “Nós lemos o livro ‘Poucas Palavras’ e aqueles textos mexeram com a gente, conversávamos bastante sobre o que eles diziam, sobre os problemas do país, então fizemos um rap autoral, com crítica social, pois assim como o Renan, acreditamos no poder das palavras e na livre expressão”, disse o aluno, após se apresentar com os colegas para o rapper.

Para o professor de Geografia Odair Ribeiro, a experiência com o Combinando Palavras, quando os alunos entram em contato com a obra e a vida do autor, foi muito produtiva. “Ocorre uma aproximação do estudante com a realidade transmitida pelo artista, ou seja, traz para o aluno os elementos da realidade de forma poética, inserida dentro de uma criação artística, e permite uma expressão de maneira espontânea, livre, por parte do estudante”, avalia. Além de rap, os alunos declamaram poesias, apresentaram livros e cartazes baseados na obra do autor homenageado.

Também professor de Geografia, Renan Inquérito lembrou passagens de quando usou a poesia do rap para ensinar seus alunos e comentou que, durante as apresentações dos jovens, um filme ficou passando em sua cabeça. “Meu trabalho com rap começou na escola, quando eu tinha a idade de vocês. Não havia internet, Facebook, nada disso. A gente não tinha onde baixar bases musicais, então as batidas eram feitas ali, na mesa do refeitório, com as mãos e com os pés. E é engraçado que lá no início, a gente fazia as mesmas caras de mau que vocês fazem hoje. É porque a sociedade nos oprime e a gente quer ser mau para enfrentar tudo isso. Mas hoje eu vejo e digo para vocês que a melhor forma de revidar a opressão é com um sorriso”, aconselhou e completou citando Sergio Vaz: “Sorrir enquanto luta é uma forma de confundir os inimigos”.

A escritora e compositora Estrela Leminski também participou do Combinando Palavras no período da manhã e recebeu alunos do ensino médio da rede pública. A autora trouxe uma visão amplificada da literatura por conta sua atuação musical paralela. Ela é formada em Música e mestre em Musicologia. Gravou quatro discos - todos em coautoria com Téo Ruiz (seu marido) e publicou três livros: “Cupido, cuspido, escarrado”, “Contra-Indústria” e “Poesia é Não”. É também curadora das exposições literárias “Poeta Alice” e “Múltiplo Leminski”.

Estrela, que já recebeu prêmios importantes, valorizou a oportunidade do encontro com estudantes. “É muito difícil a gente conseguir ter um contato com leitores e aqui foi diferente, pois são leitores que estão trabalhando a minha obra e recriando a partir dela”. Do palco do Pedro II, a autora teve oportunidade de ver seus textos ganharem releituras e novas formas em performances de dança, música, poemas e outras manifestações artísticas.

Estudante da Escola Estadual Otoniel Mota, Gabriel Santos fez uma homenagem especial a ela: tocou violoncelo e emocionou a plateia com seu talento. Ele comentou que mesmo só conhecendo o Combinando Palavras com sua participação musical, o projeto o estimulou a começar a ler mais. “Eu tenho um sonho: passar no vestibular para estudar violoncelo na USP Ribeirão e saio daqui hoje com uma convicção: “ a leitura vai me ajudar”.

Filha de dois poetas famosos (Paulo Leminski e Alice Ruiz), Estrela contou aos alunos que foi, literalmente, aluna de sua mãe, pois a poeta a levava para praticamente todas as oficinas de haiki que ministrava. “Aprendi muito com minha mãe. Ela me lapidou”. Durante o salão de ideias aberto ao público no período da tarde, a poeta também confessou ter um estilo mais afinado com a produção de sua mãe.

Questionada pelos alunos se vive mais de música ou de literatura, ela respondeu que faz um milhão de coisas e deixou um recado para os adolescentes: “diversifiquem seus investimentos. Não existe nenhum investimento mais garantido do que a gente investir na gente mesmo. Conhecimento é algo que não desvaloriza nunca”. A autora enfatizou que é preciso exercer as paixões, mesmo que seja necessário ter outra profissão para se sustentar. “A questão não é nem viver de literatura. É viver para literatura. É bem diferente”. Para exemplificar este pensamento, citou escritores famosos que como ela, também tinham outras profissões: “Carlos Drummond de Andrade era poeta e escritor, mas também funcionário público; João Cabral de Mello Neto e Vinícius de Moraes eram diplomatas”.

O aluno da Escola Serra Azul, de Serra Azul, interior de São Paulo, Marcos Henrique Boellnitz Junior, não conhecia a obra de Estrela Leminski antes de fazer parte do projeto Combinando Palavras e ficou maravilhado com a oportunidade. Ele ficou pertinho da escritora no palco do Pedro II e pôde fazer considerações irreverentes, elogiadas por ela que até brincou: “me passa seu WhatsApp que vou te ligar”. Marcos achou fantástico poder mergulhar na poesia de Estrela. “A gente acabou fazendo várias leituras do trabalho dela. Com o projeto, todo mundo se uniu. A arte e a cultura acabaram acontecendo e acho que isso está muito em falta hoje. Ter um encontro com artistas como ela que, sentem realmente a arte neste momento, é fundamental”. O estudante faz teatro, canto, ballet clássico, jazz, dança contemporânea e já fez arte circense. Ao final de sua fala apresentou, junto com colegas de classe, uma performance de dança.

Destaques do dia

Passaram também pela feira nesta sexta (14) o professor, filósofo e educador, César Nunes, o advogado Paulo Tafner que discutiu um assunto polêmico, a Reforma da Previdência, o espetáculo musical Beatles Cordel, o autor local homenageado Gilberto Andrade de Abreu que trouxe um sarau com artistas de Passos, além de oficinas, performances, apresentações artísticas e salões de ideias como o “Redução das Desigualdades”, com os debatedores Max Wagner, Nelson Moreira, José Antônio Lages e Felipe Souza. Juntos discutiram assuntos que podem ajudar a mudar a disparidade social no país e citaram a economia e a desigualdade cultural. “Todos podemos mudar a situação do Brasil, basta termos a iniciativa”, comentou Max.

A noite do sexto dia da festa literária foi encerrada com a conferência de Djamila Ribeiro, que é mestra em Filosofia Política e autora dos livros “Lugar de Fala” e “Quem tem medo do feminismo negro?”. A escritora falou para uma plateia lotada do Theatro Pedro II sobre feminismo, igualdade de gênero, racismo e o empoderamento. “O racismo é um problema da sociedade. A ‘branquitude’ deve responsabilizar-se por ele também”, disse.

Em alto estilo, sons metálicos, vozes afinadas e muito entrosamento musical, a Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais encerrou a noite no Centro de Eventos do RibeirãoShopping com uma apresentação que contou com a participação do cantor ribeirão-pretano Kiko Zambianchi. A plateia lotada aplaudiu de pé aos músicos, entre oficiais regentes, suboficiais e sargentos fuzileiros navais, de ambos os sexos. O espetáculo foi uma realização do RibeirãoShopping, em comemoração ao aniversário de Ribeirão Preto, integrou a agenda cultural da 19ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto. A Banda Sinfônica, que tem origem na música marcial, mostrou que trabalha com um repertório constituído dos mais variados gêneros musicais, os quais se estendem do erudito ao popular.

AÇÕES SUSTENTÁVEIS - Outro destaque da feira foram as oficinas no espaço Sustent´Arte, do Sesi. Cristiane Cordeiro foi uma das artistas que ensinou, durante os dias da feira, técnicas artísticas, entre elas, a de transformar lixo em arte. “Ensinamos técnicas que pessoas podem fazer com coisas simples, materiais do cotidiano e com pouco investimento. A receptividade do público foi excelente. O tema sustentabilidade foi fundamental para conseguirmos atrair a atenção do público”, disse.

A preocupação ambiental foi uma constante em todos os dias da feira. Uma das iniciativas que comprova esse valor presente na programação é o container de resíduos eletrônicos, da Reciclabytes, disponível na Praça XV até este domingo (16), último dia do evento. A população pode descartar qualquer lixo eletrônico no container que terá um destino correto. “É preciso falar sobre leitura, cultura, educação e, claro, conscientização, a começar dentro de casa. É o que tento fazer com meus filhos e a feira vem contribuir com esta atitude”, disse Murilo Roberto

19ª Feira Nacional do Livro

A 19ª Feira Nacional do Livro acontece entre os dias 9 a 16 de junho de 2019 em Ribeirão Preto (SP). Trata-se de um dos maiores encontros culturais do país e neste ano traz o tema “Entre Uma História e Outra, Uma Nova História – Um Mundo Melhor para Todos. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” que embasa a tônica de todos salões de ideias, conferências, palestras, mesas-redondas, oficinas, exposição de filmes, shows, espetáculos infantis, performances, contações de histórias, entre outras atividades. São planejadas mais de 330 atrações culturais totalmente gratuitas com nomes referências nas esferas literária, educacional e cultural. A programação completa pode ser acessada no site da Fundação:
https://fundacaodolivroeleiturarp.files.wordpress.com/2019/05/19_fnlrp_revista_final.pdf

Homenageados - Como em todos os anos, a Feira Nacional do Livro fará homenagem a um país – e o escolhido foi a Suécia. Quanto aos autores celebrados, o escritor principal é Ignácio de Loyola Brandão; o autor educação é Boaventura de Sousa Santos; a autora infantojuvenil é Heloisa Prieto; autor local, Gilberto Andrade de Abreu e a professora homenageada, Amini Boainain Hauy. O patrono desta edição é o empresário Luiz Octávio Junqueira Figueiredo.

Realização
O Ministério da Cidadania, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Prefeitura Municipal, Alta Mogiana, GasBrasiliano, Tanger e Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto apresentam a 19ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto com: Patrocínio Ouro: Alta Mogiana - Açúcar, Etanol e Energia; GasBrasiliano e Tanger. Patrocínio Prata: Ambient, Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto, Passalacqua, Grupo São Francisco e Savegnago Supermercado. Patrocínio Bronze: Grupo Maubisa, Pedra Agroindustrial, Ribeirão Shopping e Riberdoces. Patrocínio: ACIRP - Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto, Madeiranit e Grupo Via Brasil. Instituição Cultural Parceira: SESC - Serviço Social do Comércio. Parceria Cultural: Fundação Dom Pedro II e Theatro Pedro II, Colorado John Deere, Imma Escola de Design, Santa Helena, Senac - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, Sesi – Serviço Social da Indústria, Grupo Thathi de Comunicação. Apoio Cultural: Consulado Geral da Suécia em São Paulo, Centro Universitário Barão de Mauá, Centro Universitário Moura Lacerda, Ecofalante, Superintendência de Gestão Ambiental, Heurys Tecnologia, IEA – Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, Shopping Iguatemi – Ribeirão Preto, Monreale Hotel Ribeirão Preto, NW3 Comunicação, Protécnica – Proteção Individual Técnica, Rodonaves, Usina São Martinho, Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto, Verbo Nostro Comunicação Planejada, Sistema Clube de Comunicação, EPTV, Rádio CBN, Record TV e SBT. Apoio: Secretaria Municipal da Cultura, Secretaria Municipal da Educação, Secretaria Municipal de Turismo, Teatro Municipal de Ribeirão Preto, Centro Cultural Palace, Diretoria de Ensino Região de Ribeirão Preto, Câmara Municipal de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto - Convention & Visitors Bureau, Brasil Convention & Visitors Bureau, Fundação Educandário, Colégio Marista, Biblioteca Padre Euclides, OAB, Sincovarp - Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto, Macboot, Grupo Utam, ALMA – Academia Livre de Música e Artes, IPCCIC – Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais, Instituto Ribeirão 2030, Recicla Bytes, Coderp, Daerp, Transerp, Corpo de Bombeiros, Guarda Civil Municipal, Polícia Militar. Realização Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, Prefeitura Municipal, Governo do Estado de São Paulo - Secretaria da Cultura e Economia Criativa, Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania, Brasil – Governo Federal.

Sobre a Fundação - A Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos. Trata-se de uma evolução da antiga Fundação Feira do Livro, criada em 2004, especialmente para realizar a Feira Nacional do Livro da cidade, hoje considerada a segunda maior Feira a céu aberto do país. Com uma trajetória sólida e projeção nacional e internacional, a entidade ganhou experiência e, atualmente, além da Feira, realiza outros projetos ligados ao universo do livro e da leitura com calendário de atividades permanente durante todo o ano. A Fundação se mantém com o apoio de mantenedores e patrocinadores, com recursos diretos e advindos das leis de incentivo, em especial do Pronac e do Proac.

Atendimento à Imprensa
Verbo Nostro Comunicação Planejada – (16) 3632-6202 / 3610-8659
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Colaboração:
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Gabriel Todaro e Angelo Davanço - redação@verbo.jor.br

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Tipo: Pauta  Data Publicação:
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Contato: Verbo Nostro Comunicação Planejada  
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