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A obra de restauro aguarda captação de recursos para ter início. |
Degradado pela ação do tempo e fechado ao público, o casarão que abrigava o Espaço Cultural Almeida Júnior está mais próximo do restauro. Graças a reaproximação da Prefeitura de Itu, por meio da Secretaria Municipal de Cultura de Patrimônio Histórico, junto à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, o projeto que visa a recuperação do imóvel histórico foi aprovado pelo ProAc (Programa de Ação Cultural) e aguarda captação de recursos para ter início.
“Nessa gestão estreitamos os laços com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, possibilitando o desenvolvimento e aprovação desse projeto que, além de recuperar um imóvel histórico de valor inestimável, ampliará a rica rede de museus de Itu. Esse trabalho vai incrementar as atividades culturais e colaborar com a economia local com a criação de novos postos de trabalho”, explica Maitê Velho, Secretária de Cultura e Patrimônio Histórico da Estância Turística de Itu.
O edifício é um raro exemplar dos sobradões de meados do século XIX, construídos na Estância Turística de Itu. Quando a obra de restauro se concretizar, se tornará uma extensão do Museu de Arte Sacra de São Paulo, contando com parte do acervo inédito da instituição. O Espaço Almeida Júnior sediará também dois museus municipais: MAHMI (Museu e Arquivo Histórico Municipal Synésio de Sampaio Góes) e o Museu de Música Sacra e Arte Religiosa Padre Jesuíno do Monte Carmelo.
Além do desenvolvimento de revitalização do imóvel, a Prefeitura de Itu, desde 2017, tem se empenhado na conservação da edificação, retirando toda carga de incêndio, desinfetando o prédio da contaminação de pombos e de cupins, além de ter higienizado o local. Ainda não há prazos para o início do restauro, uma vez que o projeto aguarda captação de recursos dentro do referido programa estadual.
Durante recentes inspeções, conduzidas por técnicos do Museu de Arte Sacra, IPHAN, Condephaat e da Secretaria Municipal da Cultura de Itu, foi descoberto que o sistema construtivo do edifício foi realizado em Taipa Franco-Pombalina, o que caracteriza um documento arquitetônico preservado único em Itu e raríssimo em todo o Estado de São Paulo.
O mais importante deste evento é que uma riquíssima coleção de obras de arte que estão no Museu de Arte Sacra de São Paulo, na verdade, pertence ao patrimônio cultural de Itu e, certamente, voltará para casa. Esta é mais uma importante estratégia da gestão municipal no sentido de valorizar ainda mais a cultura e o conhecimento da população ituana e grande atração para os turistas.
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Raul Machado Carvalho – Editor
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