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O Estado de São Paulo acumula um total de 31.581 roubos e furtos de motocicletas em um ano (out18 a set19), uma média de 2.625 ocorrências por mês. E dezembro é mais perigoso deles. Segundo o Boletim Econômico Tracker-FECAP – que analisa dados da Secretaria de Segurança Pública de SP – em dezembro do ano passado foram registrados 4.042 eventos, o que representa uma alta de 54% em comparação a média mensal anual. 131 motos em média foram roubadas ou furtadas por dia no Estado, no mês.
No comparativo acumulado dos últimos doze meses com o ano anterior, houve uma queda no número de ocorrências de furtos (1,82%) e queda também em roubos 3,02%. Foram 32.395 roubos e furtos em todo o Estado. “Os últimos três meses do ano apresentaram maior volume de boletins. Mas no caso de roubo, especialmente em dezembro, o índice chega a ser o dobro da média mensal e o mês de novembro fica 50% acima. Julho é o que registra menos eventos. Esses números deixam claro que o fator clima favorece a ação dos bandidos. Quanto mais motos na rua, maior a oportunidade para os criminosos”, analisa o coordenador do Núcleo de Pesquisa da FECAP, Erivaldo Costa Vieira.
Fins de semana representam mais perigo
Sábados, domingos e feriados são os dias de maior incidência de roubos, com alta já registrada a partir da sexta-feira. No sábado os números são, em média, 20% maiores que os dias da semana e no domingo o volume de registros fica 30% acima da média. O período da noite é o preferido pelos criminosos (50,1% das ocorrências), seguindo pela madrugada (18,3%).
O coordenador do Centro de Operações do Grupo Tracker, Vitor Correa, explica que no verão muitos delitos ocorrem aos finais de semana. “Boa parte das motos apreendidas pela polícia é destinada para a chamada ‘ostentação’, prática em que os criminosos desfilam com o produto do crime pelas periferias, nos ‘rolezinhos’ e nos bailes funk. Outra parte é direcionada para o desmanche, visando a comercialização no mercado ilegal”.
Já os crimes de furto ocorrem em maior volume nos dias da semana (terça, quarta e quinta), com acentuada redução nos finais de semana. “Os delitos são efetuados em via pública, na grande maioria dos casos, quando as motocicletas estão estacionadas e os proprietários distantes. Por isso, 44% das ocorrências ocorrem durante o dia e 31% à noite, as madrugadas respondem por outros 16,4%”, afirma Erivaldo Costa Vieira.
Cidades e vias mais perigosas
No período analisado, a cidade de São Paulo respondeu por 41,9% dos roubos de moto no estado e por 34,7% dos furtos. Entre os quinze municípios que registram maior número de ocorrências de roubo, apenas três não estão localizados na região da Grande São Paulo, são eles: Campinas, Sorocaba e Ribeirão Preto. Dos municípios da Grande São Paulo, excluindo a Capital, 12% das ocorrências são no ABCD.
Os crimes de furto são mais pulverizados. A cidade de Ribeirão Preto aparece em segundo lugar entre os municípios com maior número de eventos de furto (2,76%). A região do Grande ABCD também tem grande número de registros de furto, cerca de 7%. As cidades do litoral sul de São Paulo, Santos e Praia Grande juntas, responderam por 3%.
Top 15 Cidades % Furtos
São Paulo 34,71%
Ribeirão Preto 2,76%
São Bernardo do Campo 2,48%
Osasco 2,46%
Santo André 2,41%
Campinas 2,26%
Santos 2,04%
Diadema 1,81%
Sorocaba 1,55%
São José do Rio Preto 1,48%
Limeira 1,40%
Guarulhos 1,24%
São José dos Campos 1,17%
Mogi Guaçu 1,16%
Praia Grande 0,99%
Top 15 Cidades % Roubos
São Paulo 41,93%
Diadema 4,86%
Guarulhos 4,03%
Campinas 3,87%
São Bernardo do Campo 3,70%
Osasco 3,47%
Santo André 3,20%
Mauá 1,97%
Carapicuíba 1,82%
Itaquaquecetuba 1,69%
Ribeirão Preto 1,63%
Suzano 1,50%
Cotia 1,31%
Sorocaba 1,11%
Taboão da Serra 1,03%
Na capital, cinco bairros se destacam negativamente, com maior número de roubos e furtos: Santo Amaro, Cidade Ademar, Pinheiros, Bela Vista e Itaquera. Na análise dos crimes exclusivamente de furto os top 5 foram: Santo Amaro, Pinheiros, Bela Vista, Jardim Paulista e Lapa. “São bairros centrais e alguns considerados ‘nobres’. Uma forma de redução os riscos de furto nesses locais seria o uso de estacionamentos, travas e alarmes”, alerta Erivaldo Costa Vieira.
Já os eventos mais violentos, com arma em punho, são mais frequentes em bairros da periferia: Itaquera, Cidade Ademar, Iguatemi, Sapopemba e Jardim Ângela. “A redução das perdas se faz por seguros e utilização de rastreadores para localização e recuperação do veículo por parte das autoridades após o acontecido”, aconselha o coordenador do Núcleo de Pesquisa da FECAP.
Ocorrência de Furto Período de 24 meses Ocorrência de Roubo Período de 24 meses
RUA AMADOR BUENO 128 AVENIDA RAIMUNDO PEREIRA DE MAGALHAES 175
RUA HADDOCK LOBO 63 AVENIDA ARICANDUVA 172
RUA VOLUNTARIOS DA PATRIA 62 ESTRADA DO ALVARENGA 126
RUA SUMIDOURO 61 AVENIDA SAPOPEMBA 119
AVENIDA RAIMUNDO PEREIRA DE MAGALHAES 58 AVENIDA JACU PESSEGO NOVA TRABALHADORES 114
RUA ITAPEVA 52 AVENIDA CUPECE 106
AVENIDA OCTALLES MARCONDES FERREIRA 52 ESTRADA DO M\'BOI MIRIM 101
AVENIDA MATEO BEI 49 AVENIDA RAGUEB CHOHFI 100
RUA VERGUEIRO 47 RODOVIA SP 270 81
RUA OSCAR FREIRE 44 RODOVIA SP 330 79
RUA TREZE DE MAIO 42 ESTRADA DE ITAPECERICA 76
AVENIDA ENGENHEIRO EUSEBIO STEVAUX 42 AVENIDA JOSE PINHEIRO BORGES 75
Sobre o Grupo Tracker
O Grupo Tracker faz parte de uma organização multinacional colombiana focada em tecnologia com presença em diversos países da América Latina e Europa. Atualmente, é a maior empresa de rastreamento do Brasil e possui a maior rede privada de antenas de radiofrequência da América Latina. Em 19 anos de atividade no país, já realizou mais de 51 mil recuperações, evitando um prejuízo de cerca de R$ 4,5 bilhões.
Oferece produtos para os mercados Segurador, Transporte e Logística, Construção Civil e Agrícola, além de veículos de passeio. A tecnologia utilizada nos rastreadores do Grupo Tracker é a RF, considerada a melhor solução para roubo e furto e é imune à ação de inibidores de sinais - jammers. Também comercializa produtos baseados no GPS/GPRS e LBS, indicados para monitoramento e gestão de frotas.
A empresa é a fornecedora oficial de rastreadores para a BMW e para a Triumph e tem parceria com a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), com quem divulga regularmente o Boletim Econômico Tracker-FECAP, com análises dos prejuízos que o roubo e furto de veículos trazem ao país.
Sobre a FECAP
A Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) é referência nacional em educação na área de negócios desde 1902. A Instituição proporciona formação de alta qualidade em todos os seus cursos: Ensino Médio (técnico, pleno e bilíngue), Graduação, Pós-graduação, MBA, Mestrado, Extensão e cursos corporativos.
O Instituto de Finanças da FECAP é responsável por gerar dados e resultados a partir de análises econômicas. O núcleo é composto pelo DEPEC (Departamento de Pesquisas em Economia do Crime); NECON (Núcleo de Estudos de Conjuntura Econômica da FECAP); IFECAP (Índice de Expectativa nos Negócios) e NAF (Núcleo de Apoio Fiscal e Contábil da FECAP).
Dentre os diversos indicadores de desempenho, a FECAP comprova a qualidade superior de seus cursos com os resultados do ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e do IGC (Índice Geral de Cursos), no qual conquistou o primeiro lugar entre os Centros Universitários de São Paulo. Em âmbito nacional, considerando todos os tipos de Instituição de Ensino Superior do País, está entre as 5,7% IES cadastradas no MEC com nota máxima.