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Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes apontam que atualmente no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas possuem Diabetes, o que representa cerca de 6,9% da população. Segundo o médico endocrinologista Marcelo Sato, da Santa Casa de Mauá, é uma situação preocupante, já que a demora do diagnóstico e tratamento pode levar ao aparecimento de complicações.
O Diabetes é uma doença crônica, uma síndrome metabólica, onde a insulina não é produzida ou fixada pelo corpo. A insulina é um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue e sem ela o nível de glicose fica alto, não penetra nas células e acaba não sendo usada como fonte de energia levando à hiperglicemia, que pode causar problemas em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.
Existem alguns tipos de Diabetes. No tipo 1, o pâncreas não produz insulina em razão de um problema no sistema imunológico. Atinge de 5 a 10% dos pacientes com Diabetes, os quais já nascem com uma predisposição genética que não produz o hormônio, pode ser desencadeada em qualquer faixa etária. Os principais sintomas são cansaço, diurese, emagrecimento, fome excessiva, fraqueza e sede. O tratamento precisa ser iniciado rapidamente, pois os sintomas podem evoluir para desidratação severa, dificuldades respiratórias e coma. Os portadores deste tipo precisam tomar insulina diariamente.
O tipo 2 atinge cerca de 90% dos pacientes com a doença e ocorre a partir da diminuição da secreção de insulina ou da resistência a ela. Esse quadro leva ao aumento da produção do hormônio para tentar manter a glicose em níveis normais. Porém, quando isso se torna impossível, ocorre a Diabetes.
De acordo com o especialista, no tipo 2, o diagnóstico costuma ser mais demorado e os sintomas podem demorar em aparecer e entre os principais estão sede, diurese, dores nas pernas e alterações visuais. “O tratamento ocorre por meio de medicamentos orais ou injetáveis e o início tardio também pode levar à desidratação e ao coma”, explica.
Já a Diabetes Gestacional consiste no aumento da resistência à ação da insulina na gestação elevando os níveis de glicose no sangue, pode ou não persistir após o parto. Alguns fatores estão relacionados a este tipo de Diabetes como o excesso de peso na gravidez, gestação múltipla, bebês grandes, diabetes gestacional na mãe da gestante, hipertensão arterial na gestação, idade materna avançada e síndrome dos ovários policísticos.
Também existem outros tipos de Diabetes, os quais estão relacionados aos defeitos genéticos da função da célula beta e ao uso irregular de medicamentos. Todos os tipos podem ser diagnosticados a partir dos exames de Curva glicêmica, Glicemia de jejum e Hemoglobina glicada.
Algumas dicas podem ajudar a prevenir a doença, como manter o peso ideal, não fumar, controlar a pressão arterial, praticar atividade física regular, controlar o estresse, evitar a ingestão de álcool, de açúcares e de carboidratos simples e incluir alguns alimentos no dia a dia como aveia, amêndoas, linhaça, peixes, azeite, feijão, tomate, leite desnatado, entre outros.
O não tratamento da doença pode gerar uma série de complicações como a lesão e destruição dos vasos sanguíneos; diminuição da sensibilidade nas extremidades (neuropatia diabética); acidente vascular cerebral; retinopatia diabética - insuficiência renal, insuficiência arterial periférica, insuficiência coronariana entre outras.
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21/11/2017