cinco dicas fundamentais para evitar furtos e perdas em pequenas lojas no varejo

*Luiz Fernando Sambugaro

Nos últimos anos, o varejo promoveu grandes mudanças no formato de suas lojas e adequou-se aos novos hábitos e comportamentos dos consumidores. Predominantes por décadas, as lojas de bairro dividem cada vez mais espaço com megastores, lojas de conveniência, expressas, de vizinhança, conceito, flagships etc. A mais recente tendência nos grandes centros urbanos são as minilojas. Elas estão localizadas estrategicamente em centros comerciais e pontos de grande circulação e seu objetivo é estar próximas dos consumidores em qualquer situação.

Quanto menor a loja, maior o desafio de arquitetos e varejistas para oferecer conforto e mix de produtos adequado. Porém, a prevenção de perdas e furtos, fator essencial para a melhoria da lucratividade, vem sendo negligenciado, da mesma forma que ocorre com outros formatos de loja.

A tendência de se construir lojas menores, mais compactas e com menor número de itens pode levar à conclusão distorcida de que haverá menor perda, o que é absolutamente incorreto. O perfil dessas lojas é trabalhar com pequena oferta de produtos de maior valor ou interesse comercial, na região onde está instalada, tornando-se alvo de pessoas mal-intencionadas.

Os projetos geralmente levam em conta apenas a estética e forma de exposição dos produtos, deixando de lado aspectos importantes em relação à prevenção de furtos, por exemplo, evitar áreas mal iluminadas, prever a instalação de equipamentos antifurto já na planta (evitando transtornos de remover gôndolas e pisos para passagem de cabos).

Ações conjuntas, como a integração de soluções arquitetônicas e de segurança podem reduzir em até 80% os furtos no varejo. No planejamento, os arquitetos também devem considerar os riscos eminentes de furto e roubo, como a presença de colunas, mobiliário ou iluminação inadequados, que bloqueiam a visão dos produtos pelo lojista, e criam cantos mortos e escuros, com sombras de iluminação.

É importante que, ao desenvolver o projeto, também se estudem os problemas mais comuns de furtos e perdas enfrentados pela empresa. No caso específico de cosméticos lembramos que, mundialmente, é um dos itens mais visados, pelo alto valor agregado e desejo de posse.

Abaixo, cito cinco orientações básicas relacionadas à prevenção de perdas que devem ser consideradas no projeto de uma loja.

1) Trabalhar em parceria com profissionais de prevenção de perdas, assim como fornecedores de equipamentos antifurto e de segurança, para que se possa antever os problemas e estudar as soluções com a loja ainda no projeto.

2) Evitar colunas e colocar gôndolas baixas é uma solução simples, barata, e oferece maior visibilidade ao lojista do que está acontecendo no fundo do estabelecimento. Quando tratar-se de imóvel já pronto, onde essas possibilidades são reduzidas, maior será a preocupação com a prevenção de perdas dos itens.

3) Os itens voltados para a prevenção de perdas não devem interferir e sim se harmonizar com o layout da loja.

4) Contemplar todo projeto com previsão de infraestrutura, tanto para antenas como para CFTV.

5) A entrada da loja deve ser dimensionada para contemplar os aspectos de marketing e conceituais da loja sem perder de vista os aspectos econômicos que envolvem a instalação das antenas e seu visual. Pois quanto maior a entrada, mais equipamentos serão necessários.

*É diretor de Comunicação da Gunnebo

Editorias: Ciência e Tecnologia  
Tipo: Pauta  Data Publicação: 21/02/19
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