Qualidade de vida para o idoso


Com o passar dos anos, nosso cérebro começa a envelhecer e manter uma mente ativa é super importante para a autonomia do idoso e melhor qualidade de vida. Algumas medidas simples ajudam, como ter uma alimentação saudável, se manter hidratado e praticar atividades físicas, mas sair da rotina também é uma boa forma de forçar o cérebro a trabalhar. Mudar os trajetos dos caminhos e fazer coisas diferentes estão entre essas dicas. Além disso, manter uma vida social colabora para evitar a depressão, que é maléfica para a cognição. Rir, conversar, estar otimista perante a vida é muito importante.

Dormir bem também ajuda a fixarmos o aprendizado. Uma noite mal dormida reflete no raciocínio e na dificuldade de se lembrar de coisas simples. Muitos acreditam que o idoso dorme menos. Mas isto não é verdade. Em média o idoso deve dormir entre sete ou oito horas por dia. Mas o idoso que dorme entre cinco/seis horas e tem a fase do sono profundo, também fica bem. Mas se o sono for agitado, levantar muitas vezes para ir ao banheiro, por exemplo, o sono não será reparador. Uma dica que vale para todos para ter uma boa noite de sono é procurar ter um ambiente silencioso e pouco iluminado para um repouso tranquilo. Não assistir programas de TV que contenham cenas de violência e muita ação, evitar bebidas com cafeína e fazer uma refeição leve também ajudam a ter uma boa noite de sono. Quem dorme pouco corre o risco de sofrer com o declínio cognitivo e a apneia do sono aumenta o risco de demência.

Entre as doenças degenerativas do cérebro a que mais cresce é o Alzheimer. Segundo a Organização Mundial de Saúde, é a forma mais comum de demência, responsável, por 60 a 70% dos casos. Não existe cura e nem um diagnóstico definitivo, mas é possível minimizar as causas ainda quando se é jovem, tendo uma boa qualidade de vida.

Segundo a ONU, 75% das pessoas com Alzheimer desconhecem que sofrem da doença e a família, às vezes, é a última a perceber que aquele “simples” esquecimento, no idoso, é um dos sintomas iniciais. Além disso, muitos enfrentam o problema com a assistência médica. Com a crise e o achatamento das aposentadorias, a maioria não tem condições de pagar um plano de saúde e depende dos hospitais públicos/SUS que não oferecem um atendimento de excelência e acompanhamento constante.

O tratamento da doença requer um atendimento multidisciplinar com atendimento por profissionais da área da neurologia, clínica médica, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e nutrição. A doença manifesta-se através de uma demência progressiva, que aumenta sua gravidade com o tempo e os sintomas começam lentamente e se intensificam ao longo dos anos. É um conjunto de sintomas que provoca alterações do funcionamento cognitivo (memória, linguagem, planejamento e habilidades visuais-espaciais), físico (problemas de marcha e deglutição) e também do comportamento (apatia, agitação, agressividade, delírios, entre outros), limitando, progressivamente, a pessoa nas suas atividades diárias.

Os cuidados com o paciente são essenciais para que ele tenha conforto. O convívio familiar também é muito importante. Sempre observar as mudanças de comportamento, ter cuidados com a higiene para evitar infecções, não entrar em conflitos e principalmente ter muita paciência e amor.

*André Lima é neurologista e Diretor da Clínica Neurovida. Membro efetivo da Academia Brasileira de Neurologia. Membro da Ordem dos Médicos de Portugal.

Editorias: Saúde  Terceira idade  
Tipo: Artigo  Data Publicação: 16/11/18
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