Crianças e jovens de Recife criam desenhos sobre hanseníase para alertar o Brasil

Em Recife (PE), dezenas de desenhos sobre o tema “hanseníase” foram entregues pelo atleta Fernando DDI, ex-jogador da Seleção Brasileira de Futebol de Areia, para a campanha nacional “Todos Contra a Hanseníase”, da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH). Os desenhos vão ajudar a sensibilizar outros jovens de todo o país para a problemática da hanseníase, doença que coloca o Brasil em 2º lugar no ranking nacional, atrás da Índia – a falta de informação é um dos itens que ajudam a agravar o problema.
A ação foi por uma parceria da SBH com a ONG Dahw Brasil e o Instituto Geração 4, coordenado por Fernando DDI. A campanha da SBH é realizada em todo o país e a escolha de Recife ocorre porque a cidade é a sede do 10º Simpósio Brasileiro de Hansenologia, de 15 a 18/10, realizado pela SBH.
108 desenhos foram feitos para a campanha “Todos Contra a Hanseníase”, que foi lançada em 2016 pela SBH e promove ações educativas em várias regiões brasileiras. Os desenhos estão expostos no simpósio e em várias cidades como parte de ações educativas da campanha. Fernando DDI e os jovens foram recebidos no dia 17 de outubro, pela diretoria da SBH, no Mar Hotel, de Recife, onde aconteceu o Simpósio Brasileiro de Hansenologia.

Instituto Geração 4
Foi fundado em 2011 e é comandado pelo ex-atleta da Seleção Brasileira de Futebol de Areia, Fernando DDI, que desenvolve o projeto Gerando Esporte com crianças e adolescentes de baixa renda, proporcionando atividades esportivas com foco em desenvolvimento social, cultural e educacional para crianças.
“Esporte e educação caminham juntos. A ação da SBH, Dahw Brasil e o Instituto mostra como a sociedade civil pode somar forças e dar bons resultados para causas que o Brasil precisa solucionar”, diz Fernando.
“É uma importante parceria para formar multiplicadores. A hanseníase, apesar de ser uma doença curável, ainda é cercada por muito preconceito”, alerta o presidente da SBH, Claudio Salgado.
Para o historiador Reinaldo Bechler, coordenador da Dahw Brasil, que vem atuando com o instituto em ações educativas sobre hanseníase, “é importante a soma de esforços para formarmos um exército multiplicador de informações”. A Dahw foi fundada há 40 aos na Alemanha e atua em dezenas de países no combate à hanseníase.

Campanha Todos Contra a Hanseníase – Recife
O presidente da SBH visitará o Instituto Geração 4 para conhecer o Projeto Gerando Esporte e entregar o certificado de parceria ao atleta Fernando DDI e à Dahw Brasil. O mascote da campanha Todos Contra a Hanseníase, conhecido por Profi, e que visita hospitais, universidades, escolas, empresas e eventos para divulgar a campanha, também conhecerá o Instituto Geração 4.
As crianças serão recebidas no Mar Hotel Conventions, onde ocorre o simpósio da SBH. Os trabalhos também serão divulgados no site e redes sociais da SBH.

10º Simpósio Brasileiro de Hansenologia
O evento reuniu, entre os dias 15 a 18/10, mais de 80 especialistas brasileiros estrangeiros para debater sobre as últimas pesquisas, tratamentos, políticas de combate à doença, mapeamento da hanseníase no país etc.
O Brasil ainda ocupa o segundo lugar no ranking mundial da hanseníase (atrás da Índia), e concentra 90% dos casos notificados nas Américas, com cerca de 30 mil novos casos por ano – número próximo aos casos novos de HIV e AIDS. Este cenário é resultado de uma série de problemas que vão desde a necessidade de capacitação de profissionais de saúde para o diagnóstico até o desenvolvimento e implantação de estratégias de enfrentamento que consigam conscientizar a população – de pacientes até autoridades – e diagnosticar precocemente a doença para evitar sequelas e quebrar a cadeia de transmissão do bacilo causador da hanseníase.

Hanseníase
O controle da doença exige avaliação de contatos – a hanseníase é transmitida por vias aéreas superiores e por gotículas de saliva e estudos apontam que até 30% de casos novos podem ser encontrados entre os comunicantes (pessoas que convivem com o doente). Mas no Brasil somente cerca de 8% de todos os casos são diagnosticados entre os contatos examinados, o que indica, segundo o presidente da SBH, Claudio Salgado, que os contatos são mal examinados pelo sistema, ou simplesmente não são examinados, mantendo a cadeia de transmissão da doença na comunidade.

SBH
A SBH tem 70 anos, realiza a cada três anos o Congresso Brasileiro de Hansenologia e, nos anos intermediários, o Simpósio Brasileiro, promove ações de treinamento/capacitação de profissionais de saúde no Brasil e assessora outros países, além de ser responsável pela aplicação dos exames e certificação dos médicos hansenologistas no Brasil e pela campanha nacional Todos Contra a Hanseníase.

Editorias: Criança  Saúde  
Tipo: Pauta  Data Publicação: 25/10/19
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