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A telemedicina como aliada no combate à desigualdade social em tempos de pandemia

Cientistas do mundo todo estão correndo contra o tempo para acharem um remédio, uma vacina, ou uma cura para o novo coronavirus. Empresas de tecnologia fazem parte disso através da luta para o aperfeiçoamento de métodos que possam auxiliar a vida das pessoas em meio à pandemia. Exemplo é o uso da telemedicina, que já evoluiu muito com o passar dos anos, mas neste momento vem tomando um protagonismo especial devido ao novo cenário em que vivemos.

A telemedicina já existe no Brasil há muito tempo. Entre as várias vantagens dela, em tempos de pandemia, a maior talvez esteja na possibilidade de efetuar consultas médicas estando em isolamento social, seja por motivos de quarentena ou pela triste desigualdade de acesso à saúde que há no país.
Uma vez que a conexão começa a chegar em pontos do país sem tais acessos à medicina, muitas pessoas passam a ser auxiliadas. Com a telemedicina, médicos de qualquer parte do Brasil ou do mundo conseguem monitorar e acompanhar seus pacientes de forma integral e digital.

Um importante hospital de São Paulo, que atende de forma remota desde 2012, por exemplo, teve seu número de tele consultas disparado de 80 para 600 por dia nos últimos meses. Além disso, a instituição vem integrando seus profissionais de saúde a lugares de difícil acesso à médicos, como é o caso da cidade de Floriano, no Piauí, que usa a telemedicina para conectar agentes do Sistema Único de Saúde (SUS) aos seus médicos.

Embora algumas instituições de saúde da capital paulista, e de outras cidades desenvolvidas, já tenham despertado para os benefícios da telemedicina, em outros municípios onde a saúde chega com dificuldade, são raras as organizações de cuidados médicos que possuem infraestrutura tecnológica de qualidade para usufruir de tais benefícios.

Segurança digital na telemedicina

Para que o serviço de telemedicina seja 100% eficaz, é necessário investimento em banda larga e VPN de qualidade por parte de hospitais, clínicas e operadoras de saúde. Essas últimas podem oferecer consultas pelo próprio aplicativo, além de se equipar com soluções em prevenção e proteção de dados, e ceder banda larga móvel com rede protegida para os médicos credenciados, juntamente com uma VPN, que se conecta somente com o aplicativo da operadora de saúde para a teleconferência.

Além do uso para a consulta online, a rede VPN também auxilia a relação entre médicos. Muitos se mantêm em contato diário em grupos de mensagens instantânea trocando experiências e experimentos, como por exemplo sobre o COVID. Essa troca de informações deve ocorrer de forma segura tanto para médico quanto para paciente.

Para além dos convênios pagos, os hospitais de campanha (unidades temporárias que oferecem cuidados no local até que a vítima possa ser removida) podem utilizar uma rede VPN para se comunicarem - de forma segura e em uma rede única - com os sistemas das Secretarias de Saúde Municipais e Estaduais. A troca de informações entre entidades públicas e privadas deve ocorrer de forma prática e rápida, principalmente em períodos em que se exigem ações emergenciais.

Entretanto, ainda há uma grande necessidade de o serviço de telecomunicação e internet se expandir para cidades mais distantes dos grandes centros urbanos do Brasil. Segundo a pesquisa mais recente do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC), divulgada em 2019, a rede de organizações que defendem direitos digitais mostra que no Brasil 33% dos domicílios estão desconectados, sem conexão inclusive no celular. Este índice chega a ser maior no Nordeste, com 43%. A pesquisa mostra ainda que de todos os domicílios conectados no Brasil, 27% acessam a internet pela conexão móvel via modem ou chip 3G e 4G.

Seja como for, desde a primeira consulta feita via telemedicina, a tecnologia já evoluiu muito. Assim como, outras mudanças estão ocorrendo em tempo real no mundo todo. A vida pós Covid-19 desafia todos nós a repensar e mudar o modo como vivemos em sociedade. E aguardamos ansiosos para que essas cidades menos assistidas estejam no mapa de investimentos das empresas e do governo, e inseridas num mundo cada vez mais conectado.

*Por Eduardo Resende, Diretor Executivo da Arqia

Editorias: Ciência e Tecnologia  Governo  Saúde  Sociedade  Telecomunicações  
Tipo: Artigo  Data Publicação:

 
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