Home  Imagens  Contato  Clássico    
Fogos de artifícios: como evitar os perigos na armazenagem para as festas de final de ano?

*Por Felipe Melo

A queima de fogos de artifícios é um dos destaques e sempre um show a parte quando o relógio bate meia noite durante as festas de finais de ano. Segundo a Companhia Municipal de Turismo do Rio de Janeiro, a Riotur, por exemplo, a festa de Ano Novo da cidade – considerada uma das mais famosas no País – em 2019, utilizou 16,9 toneladas do artefato, em um show que durou, aproximadamente, 14 minutos, na Orla de Copacabana.

Mesmo sendo realizada em todo o mundo e, além disso, ser considerada, uma das atrações mais bonitas do ano, a queima de fogos traz necessidades que começam muito antes do grande momento. A incorreta armazenagem e/ou utilização pode causar danos irreversíveis aos animais, além de acidentes, perda de vidas e de material. De acordo com dados do DataSUS – o banco de dados do Ministério da Saúde do Brasil, de 2008 a 2018 foram registradas mais de 5,5 mil internações e 85 mortes causadas pelas explosões de fogos no Brasil.

Segundo o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), uma autarquia do Governo Federal Brasileiro, os fogos de artifício são classificados nas categorias A (fogos que contenham até vinte centigramas de pólvora), B (fogos que contenham entre 21 a 25 centigramas de pólvora), C (fogos que contenham entre 26 centigramas a 6 gramas de pólvora) e D (fogos que contenham mais de 6 centigramas de pólvora, dependendo da utilização), e que refletem no nível do estouro (som forte).

Justamente por isso que medidas de segurança, principalmente, em estabelecimentos que armazenam e comercializam os artefatos, devem ser rigorosamente aplicadas e fiscalizadas, com o objetivo de evitar graves acidentes. De acordo com o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, por exemplo, alguns estabelecimentos comerciais de fogos de artifícios devem manter uma determinada distância de alguns locais como, por exemplo: 100 metros de distância de hospitais, 100 metros de distância de postos de combustíveis, 100 metros de distâncias de estabelecimentos onde haja depósito ou comércio exclusivo de produtos químicos inflamáveis, dentre outras condições.

No último dia 6, uma fábrica de fogos de artifício na Rússia pegou fogo e o incêndio estourou milhares de explosivos, que iluminaram o céu de modo descontrolado na cidade portuária de Rostov do Don, sendo necessário mais de 400 bombeiros para combater as chamas. O caso não teve nenhuma vítima, mas causou danos nos arredores.

Para garantir a segurança, algumas medidas sempre devem ser tomadas. Estoques de produtos que entram em fácil combustão, como neste caso, deve ter a atenção intensificada em relação às precauções necessárias, como a limitação da quantidade de produto armazenada, compartimentação entre as áreas, ou seja, criar uma resistência para, eventualmente, não atingir todo conteúdo armazenado e a instalação de dispositivos de prevenção e controle de incêndios (sprinklers).

Para que, principalmente, neste ano em que enfrentamos a pandemia causada pelo novo coronavírus, só tenhamos festa e comemoração no final do ano, é imprescindível o cumprimento de legislação já existente. Por isso, compre apenas de fornecedores licenciados e tenha muito cuidado no manuseio.

Felipe Melo é presidente da Associação Brasileira de Sprinklers (ABSpk).

Editorias: Construção e Arquitetura  Serviços  Seguro e Previdência  Sociedade  
Tipo: Artigo  Data Publicação:

 
Fonte do release
Empresa: Renata da Silva Monteiro  
Contato: Renata da Silva Monteiro  
Telefone: --

E-mail: renata.monteiro@gpimage.com.br
Skype:
MSN:
Twitter:
Facebook:
Enviar release