* Dr. Julio Henrique Onita, infectologista do Hospital Igesp
Com o intuito de imunizar, no mínimo, 77,7 milhões de brasileiros que fazem parte dos grupos prioritários, a campanha de vacinação da gripe em 2020 começou mais cedo, em março. O objetivo, entretanto, não foi alcançado. Com o avanço da pandemia do coronavírus, o receio de contaminação tem falado mais alto e, até o momento, apenas 63,53% dessas pessoas foram vacinadas.
A baixa adesão, veio principalmente, do grupo prioritário da terceira fase (crianças de 6 meses a menores de 6 anos, professores, pessoas entre 55 e 60 anos incompletos, gestantes e puérperas), que atingiu apenas 25,7% do total estimado. Em São Paulo, a Secretaria de Saúde informa que, até o momento, foram aplicadas doses em 1,3 milhão de crianças (44% do grupo), 186,3 mil gestantes (41%) e 36,2 mil puérperas (48%). Já o grupo com idade entre 55 e 59 anos chega a apenas 36%, com 743,3 mil imunizados. Com isso, a campanha foi prorrogada até 30 de junho, a fim de vacinar o restante do público.
É fato que a vacinação não protege contra o coronavírus, mas ajuda a proteger e evitar problemas respiratórios que podem ser graves e muito semelhantes aos causados por ele, outros sintomas comuns como febre, tosse e dores no corpo e combater doenças como a H1N1, que em casos mais graves, pode levar o paciente a óbito.
A vacina também pode auxiliar os profissionais de saúde no diagnóstico da covid-19, que descartam outros tipos de gripe na triagem do paciente imunizado. Vale lembrar que a vacina da gripe é trivalente, ou seja, imuniza contra três tipos de vírus: H1N1, H3N2 e Influenza B. Sua composição é recomendada anualmente pela Organização Mundial da Saúde, baseada em informações sobre a prevalência das cepas circulantes. Assim, a cada ano, a vacina da gripe muda, para proteger contra os tipos mais comuns do vírus naquela época.
Muito importante neste momento de pandemia, a primeira fase da campanha atingiu 100% do grupo prioritário, porém na segunda fase caiu para 66,61% e na terceira para 63,53%, não cumprindo a meta que era alcançar 90% do público-alvo. A vacina está disponível nas unidades de saúde dos municípios para o público-alvo, e para o restante da população, é possível encontrar na rede privada.
Lembrando que, o foco principal da campanha são: crianças a partir de 6 meses até menores de 6 anos, profissionais da saúde, gestantes, professores das redes particulares e públicas de ensino, portadores de doenças crônicas, caminhoneiros, profissionais da área de segurança pública, pessoas com deficiência e adultos entre 55 e 59 anos.
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