A Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) abriu o processo de consulta pública (CP) para a incorporação de novos tratamentos para a asma pelo SUS.
A CP nº 17 questiona se os medicamentos Mepolizumabe e Benralizumabe devem ser oferecidos para os pacientes de asma grave e fica aberta até esta terça-feira, dia 6 de abril, no link https://bit.ly/3cJlUTv.
Já a CP nº 21 trata do fornecimento do Tiotrópio para tratamento da asma moderada e grave em pacientes adultos e crianças (com idade de 6 anos ou mais). As contribuições podem ser enviadas até 12 de abril pelo https://bit.ly/3910YXd.
Em reunião realizada no início de março, a Conitec deu parecer desfavorável ao fornecimento desses três tratamentos. Por isso, a opinião da população na consulta pública é muito importante e pode fazer a diferença para melhorar o tratamento e qualidade de vida dos pacientes, DISCORDANDO da recomendação preliminar.
Campanha #AtualizaAsma
Estima-se que, no Brasil, mais de 20 milhões de pessoas convivam com a asma, uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores (brônquios e bronquíolos), que tira a vida de cinco brasileiros diariamente.
Entre os pacientes asmáticos, cerca de 10% possuem a forma mais grave da doença. A asma não tem cura, mas é controlável se tratada corretamente. Muitos pacientes com asma grave, no entanto, não conseguem controlar a doença com medicamentos convencionais, que apresentam maior eficácia àqueles com os tipos leve e moderado.
Diversos tratamentos inovadores foram lançados no mercado nos últimos anos. Porém, como esses remédios não fazem parte do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), não podem ser prescritos pelos médicos para os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). Um atraso que já se estende por mais de sete anos.
“O PCDT de asma foi atualizado pela última vez em 2013. De lá para cá, várias outras drogas surgiram, principalmente para asma grave”, afirma o pneumologista José Roberto Megda Filho. “Estes pacientes têm maior risco, por exemplo, de internação, de procurar um atendimento de emergência e, neste atual cenário, de apresentar complicações pelo novo coronavírus”, acrescenta o médico.
Para tentar reverter este quadro, a Associação Brasileira de Asmáticos (ABRA) divulga a campanha #AtualizaAsma, criada em parceria com a Colabore com o Futuro. A iniciativa pretende mostrar, de maneira simples e de fácil entendimento, o quanto está defasado um PCDT que foi atualizado há 7 anos e a importância da incorporação de novos medicamentos pelo Sistema Único de Saúde.
Mais detalhes sobre a campanha #AtualizaAsma podem ser conhecidos no portal https://www.atualizaasma.com/