A expedição de itens unitários através do e-commerce gerou inúmeras embalagens que na maioria das vezes, são exageradamente grandes, e aí entram os sacos plásticos e de papel de bolha de ar, floco, papel amassado e outros acessórios com o proposito de preencher o espaço vago dentro da embalagem e proteger o seu conteúdo que é a função primária da embalagem.
Mas a proliferação de caixas, sobretudo de micro-papelão e papelão, está gerando muitas perdas no aproveitamento das chapas de papelão, pois são dimensões e formatos diferentes, em quantidades desiguais, e tudo isto não proporciona um encaixe da caixa desenvolvida que otimize o aproveitamento das chapas.
Com milhões de itens distintos o desafio é grande e envolvera as entidades de Abcom, Ebit, ABPO e outras na busca das caixas padronizadas.
Não se deve esquecer os tamanhos oferecidos pelos Correios há mais de uma década, bem como as dos Couriers UPS, FEDEX, DHL e os big do e-commerce como a Amazon.
Não estão excluídos desta padronização o uso de sacos bolhas, um envelope de papel ou plástico revestido internamente de plástico com bolha de ar.
Já há uma que minimiza a perda de papelão, no corte das chapas de acordo com a demanda das caixas desenvolvidas. Mas há uma restrição de tamanhos na mesma chapa.
Este desafio é superar ao da escolha de caixas de cartolina e papel cartão, largamente utilizado na indústria automobilística para peças de reposição.
Outra questão, que também desafia os fabricantes de caixas, está na fabricação e distribuição de pequenas quantidades.
Daí a necessidade urgente das entidades envolvidas contratarem uma consultoria para equacionar as soluções para atender o maior número de embarcadores, incluindo os transportadores.
*Reinaldo Moura é engenheiro e mestre em Ciências e Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e fundador do Grupo IMAM, que há mais de 30 anos atua na área editorial, de consultoria e treinamento em logística